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Returnal: e lá vamos nós! Análise/Review

29 de abril de 2021 11

Em 30 de abril, chega ao mercado o aguardado Returnal, novo jogo exclusivo do PS5, que promete levar os fãs do estilo roguelike à loucura.

Nossa equipe teve a chance de testar o título antecipadamente e abaixo você confere tudo o que achamos sobre o jogo e o que esperar dele. Vale lembrar que nossa análise não contém spoilers da história ou grandes revelações sobre armamentos e mecânicas, mas sim uma contextualização geral do jogo.

Índice da análise
O que é Returnal

Caso você ainda não tenha ouvido falar de Returnal, a produção é centralizada em Selene, uma astronauta de uma companhia chamada ASTRA, que recebe um sinal de comunicação misterioso, vindo de um planeta alienígena de nome Atropos.

Ao investigar esse chamado, a nave de Selene acaba caindo nesse planeta e é aí que o pesadelo dela (e o dos jogadores) começa.

Desenvolvido pelo estúdio finlandês Housemarque, responsável por jogos como Outland, Matterfall, Resogun e Alienation, o título adota o sistema procedural, em que os mapas mudam à cada ciclo de retorno, dando a sensação de que você já passou por aquele lugar antes, mas ele mudou.

Como dito acima, o jogo se apoia no estilo roguelike, o que significa que cada vez que você morre, é como se estivesse começando o jogo do zero, perdendo todos os seus itens, bem como melhorias em suas armas e traje. Se você é fã de títulos como Enter The Gungeon e Dead Cells, certamente irá adorar os desafios impostos por Returnal.

Um planeta ameaçador

O sinal recebido por Selene se denomina como "Sombra Branca", algo que remete às criaturas alienígenas que habitam esse planeta alienígena, ou melhor, habitavam.

Quem é fã da franquia Alien, já deve ter visto alguns elementos similares aos vistos no jogo, em que um planeta alienígena é subjugado por criaturas ameaçadoras, fruto de experimentos e mutações.

Não é exagero dizer que tudo é feito para te matar nesse planeta. Além de criaturas cada vez mais grotescas e ameaçadoras, os cenários também contam com algumas armadilhas, incluindo até mesmo algumas câmaras de descanso, que na maioria dos jogos, servem para recuperar sua energia.

Não espere por cenários extremamente deslumbrantes e complexos. Em Returnal, a grande aposta é na simplicidade, seja para os inimigos, que aparecem como versões alternativas em cada um dos seis biomas, ou pelos mapas em si, que apesar de oferecerem algumas mudanças, acabam sempre apresentando similaridades com o anterior.

Saber que a proposta do jogo é reiniciar tudo cada vez que você morre não deixa a sua jornada menos frustrante, pelo contrário. Os desafios são muitos e os itens de cura e melhorias são escassos, tendo muitos momentos em que o jogo faz de tudo para que você morra e recomece.

Não pense que conseguirá refazer seus passos para corrigir seus erros do ciclo anterior. A presença da mecânica procedural torna tudo mais difícil e por mais que você acabe decorando os mapas, sempre virá alguma coisa diferente para destruir seus sonhos.

Ao longo de sua jornada, você vai encontrando novas armas e equipamentos, mas não adianta ficar muito animado com eles, já que você pode perdê-los a qualquer momento, sem nem ter a chance de aproveitá-los o bastante.

Felizmente, quando você desbloqueia uma nova arma, elas aparecem com maior frequência e em pontos alternados do mapa, o que quer dizer que você pode ter a chance de trocar sua pistola padrão mais cedo do que no ciclo anterior... ou mais tarde, tudo depende da sua sorte.

Criaturas grotescas e implacáveis

Embora as criaturas sejam, em muitas vezes, pouco inovadoras em termos visuais, à cada novo mundo seu método de ataque muda, deixando os encontros cada vez mais desafiadores e complexos. A equipe visual abusou de elementos brilhantes e néon, o que deixa esses encontros com os inimigos algo bem bonito, mas no fim das contas, você acaba se sentindo um vaga-lume indo em direção à luz, já que tudo ali foi feito para te matar.

Prepare-se para sentir vontade de quebrar o controle em dois, já que muitas vezes o jogo coloca em seu caminho alguns inimigos extremamente fortes, independente de você estar preparado para enfrentá-los ou não. Se os mini-bosses já são frustrantes, é melhor preparar bastante o seu psicológico para enfrentar os chefões finais de cada bioma.

Não pense que você conseguirá jogar Returnal no "modo fácil", o jogo sequer te dá a opção de escolher o nível de dificuldade.

Como se as criaturas alienígenas já não fossem desafio o bastante, as defesas do planeta, instaladas por seus habitantes originais, também estão prontas para te matar e isso só deixa a jornada de Selene ainda mais difícil.

A história

Um dos pontos mais complexos e até mesmo desanimador em Returnal é a sua história em si.

Tudo aparece de forma muito fragmentada e desconexa - e por conta dos inúmeros recomeços, chega em um momento em que você simplesmente deixa de se preocupar com o que vai acontecer na trama e só se importa em conseguir avançar no jogo para acabar com aquele "pesadelo".

Isso talvez seja a ideia dos desenvolvedores, mostrando que eles queriam fazer algo tão imersivo ao ponto de você se sentir na pele de Selene, mas mesmo assim, muitos jogadores casuais não terão paciência para persistir nos erros até conseguir uma recompensa válida.

Essa fragmentação da história também é perigosa, principalmente por abordar a investigação de Selene com a relação que isso tem com o passado da personagem, deixando tudo ainda mais confuso.

Em muitos momentos, tive a sensação de não ter saído do prólogo do jogo e que estava simplesmente andando em círculos, quando já havia revivido muitas vezes e passado por diversos locais diferentes.

O mais curioso, é que você acaba desenvolvendo uma relação "masoquista" com o jogo, já que mesmo se frustrando e decepcionando muito, você não consegue simplesmente deixá-lo de lado e desistir completamente, não tão facilmente.

Jogabilidade

OBS.: Gameplay acima é de um momento inicial do jogo e mostra um ciclo de retorno, não implicando em nenhuma revelação da trama.

Assim como os inimigos e cenários, a jogabilidade de Returnal é muito simples e diversos elementos já foram vistos em outros jogos.

Além de pular e poder dar um impulso para frente, seu grande objetivo é sair atirando nos inimigos e derrotá-los. Ao longo de sua jornada, você ganha quatro equipamentos adicionais, sendo dois deles extremamente importantes para abrir caminho em sua jornada e exploração: a espada alienígena, o arpéu e as botas de submersão.

Vale dizer que esses equipamentos são permanentes, ou seja, mesmo que você morra, eles continuam com vocês, o que é ótimo.

Os inimigos às vezes aparecem em grande quantidade e com os mais diversos níveis de força, fazendo com que os embates sejam imprevisíveis e bem desafiadores.

Ao derrotar inimigos, você recolhe itens que são usados para a fabricação de melhorias e de suprimentos, mas não espere que essas "moedas" cheguem até você, já que o jogo te força a chegar perto do inimigo derrotado para recolhê-las, o que pode fazer com que você seja alvejado pelos que ainda estão vivos.

Quando dissemos que "tudo foi feito para te matar", não estávamos brincando. Ao longo de sua jornada, você encontra itens "malignos", que podem ser verdadeiras facas de dois gumes.

Esses itens podem trazer melhorias para Selene, como também podem infectá-la e causar algum efeito colateral. Ao ser infectado, você deve cumprir uma missão para se livrar dos efeitos negativos, ou seja, mais um obstáculo.

O mesmo vale para os parasitas, criaturas vivas que você coloca em seu corpo para receber algum benefício. Assim como todos os parasitas, eles "se alimentam" de você, o que significa que eles também trazem efeitos colaterais.

O design dos níveis também contribui bastante para a vantagem dos inimigos, já que alguns cenários contam com buracos em que você cai facilmente durante o calor da batalha.

Para não ser injusto e dizer que não existe nenhum checkpoint, os mapas contam com alguns dispositivos que servem como checkpoints, mas para usá-los, é preciso de uma grande quantidade de itens chamados Éter (que são bem difíceis de se conseguir), ou seja, você não poderá abusar deles.

Ao longo do jogo, você se depara com corpos de Selene, que foram deixados em ciclos anteriores. Esses corpos servem como o modo online do jogo, já que através deles, você consegue reviver a morte de outro jogador e derrotar o inimigo que o matou. A mecânica é similar ao que fizeram em Death Stranding e Dark Souls, mas tenha certeza de que está forte o bastante para "vingar seu eu anterior", já que esses desafios não são nada fáceis.

Um adendo importante que deve ser citado é que, o recomeço do ciclo não se restringe somente às armas e equipamentos, como também ao mundo em si. Isso quer dizer que, caso você morra enquanto está explorando o terceiro bioma, irá retornar para o primeiro!


A necessidade do PS5

Em termos gráficos e sonoros, não dá para dizer que foi extremamente necessário ter esse jogo no PS5, já que ele poderia ser facilmente encaixado na geração anterior. Talvez o melhor indício de que estamos na nova geração seja o carregamento de um novo bioma, que acontece rapidamente por conta do SSD do console.

O que mais chama a atenção na jogabilidade é o uso do DualSense, que realmente destaca a sensação de estar pilotando uma nave quebrada e que está em queda livre. Infelizmente, essa inovação também se perde com o passar do tempo, tornando-se apenas a vibração padrão.

Por falar em DualSense, vale dizer que a equipe perdeu a oportunidade de explorar melhor os recursos do controle, oferecendo sensações diferentes a cada novo terreno, ainda mais tendo em vista que esse é um jogo exclusivo do PS5.

O jogo é bem fluído com seus 60 fps, mesmo com muita coisa acontecendo em cena, não sendo possível notar quedas drásticas constantemente, mas ele não está imune a elas.

Galeria de imagens

Vale a pena?

Como dissemos ao longo da review, Returnal parece ser um jogo dedicado a um público bem específico, por conta de sua mecânica desafiadora.

Ao longo do jogo, você se depara com mistérios instigantes e os recomeços fazem com que você tente "provar que você consegue", o que é um deleite para quem ama esse estilo de jogo.

Caso você seja o público do jogo, certamente irá amar o título e se tornar um entusiasta, fazendo dele um item essencial em sua coleção.

Se você é o tipo de jogador que gosta de experiências mais lineares e da sensação de que está progredindo com o jogo, esse definitivamente não é o jogo para você, já que ele vai te deixar frustrado com o passar do tempo.

Infelizmente, a geração PS5 ainda se mostra tímida em termos de exclusivos, já que Miles Morales foi uma experiência "requentada" do que tivemos no PS4 e Returnal não é um jogo feito para o grande público. Agora nos resta esperar para ver o que a Sony está guardando para o futuro do console.

História com mistérios instigantesInimigos desafiadoresMecânicas simplesCampanha longa por conta das repetiçõesBom uso do estilo procedural nos mapas
Design repetitivoPouca exploração do DualSenseHistória extremamente fragmentada e desconexa Gráficos pouco inovadores para geração atual
Melhores ofertas de Returnal

Agradecemos à assessoria da PlayStation (FSB Comunicação) por ceder uma cópia do jogo ao TudoCelular para esta análise.


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Comentários

Returnal: e lá vamos nós! Análise/Review
  • Outra coisa, onde é que o lançamento do ps5 foi tímido? Demons souls, godfall, destruction all stars e astrobot, 4 jogos só pra nova geração em menos de 5 meses de ps5!

      • Resumindoarksouls de alienígenas..

        • O DualSense possui funções que vão além da vibração, tais como deixar "mais pesado" os direcionais analógicos pra dar a sensação de andar em terreno com lama ou passando por uma ventania forte, mas Returnal só usa as vibrações, o que é um ponto negativo, considerando que ele é um exclusivo que poderia explorar mais o controle.

          E, sim, a história é um ponto negativo e positivo, pois mesmo que ela te instigue no começo, você deixa de se importar com ela no decorrer do jogo, pois é tudo extremamente fragmentado e desconexo, como dito na review

            • Então, o fato do gatilho l2 ter funções diferentes não é bom uso pra você? E segundo, nesse caso, não é a história o problema, é a falta de narrativa, era só escrever "a história é boa, mas espalhada" viu a diferença?

              • A história é um ponto positivo e negativo? Como assim tudo celular?! E pouco uso do DualSense?! Queria que fizesse o que? Que o controle criasse vida?

                  • Cara eu entendi que são aspectos diferentes, os mistérios criados com a fragmentação na narrativa. E o DualSense vem sofrendo com essa "disconexão" com os jogos, pq os desenvolvedores tem que criar o jogo com esse diferencial e pra eles não compensa muito, ocorrerá com muitos jogos esse problema, principalmente os que também saem para PC.

                      • Vem sofrendo onde? Olha quantos jogos já lançaram com funções no DualSense! Dirt 5, astrobot, cqll of duty, Returnal e isso só no primeiro ano! Sem contar que nenhum jogo de ps5 exclusivo foi pra pc!

                      • Se tivesse um iPhone no jogo .............

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