Economia e mercado 05 Jun
Com uma curiosa comparação, o atual Presidente da Sindisat (Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicação por Satélite), Luiz Otávio Prates, chamou a atenção da mídia durante um painel no Encontro Nacional da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações.
Prates acredita que o uso ilimitado da internet é similar à pesca desenfreada em um rio, causando impacto negativo nos recursos da rede.
Tal declaração mostra que as telecoms ainda não desistiram de tentar impor limites à banda larga fixa em território nacional.
Durante o evento, o tema foi posto em pauta após ter sido vetado pela ANATEL em 2016, quando operadoras (principalmente a Vivo) propuseram o modelo de negócios usado na internet móvel para todos os clientes.
Há quase dois anos, as opiniões do público (mais de 14 mil contribuições) induziram o órgão regulador a manter seu posicionamento contra a proposta, algo que se mantém até hoje.
Porém, mediante à pressão das operadoras e organizações que representam a Sindisat e Abrint, a ideia voltou a ser discutida.
No cenário atual, a ANATEL terá o prazo de até 180 dias (que se esgota em 6 de setembro) para tomar uma nova decisão sobre a implementação ou não da franquia na banda larga – algo que, caso seja positivo, acabará ocorrendo às vésperas das eleições.
Justificando a implementação da franquia na internet fixa, a Abrint, uma associação que representa pequenos provedores, explica:
Quem está vendendo internet está comprando de alguém. Não existe um local onde você recebe internet de graça. Como você (provedor) tem uma conta para pagar, esta será ampliada se você (usuários) tiver um uso exacerbado.
A medida impopular, caso aplicada, poderia supostamente gerar mais recursos para melhorias na infraestrutura – algo que atualmente sofre com a ausência de investimentos aqui no Brasil.
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