
Economia e mercado 28 Jun
04 de julho de 2018 15
Enquanto a infraestrutura de banda larga no Brasil ainda carece de investimentos e as operadoras parecem mais preocupadas em trazer de volta a discussão da franquia para acesso fixo, um relatório da Anatel aponta que, após um período de quedas no preço, a internet no país está voltando a ficar cara.
Em seu relatório trimestral que abarca a divulgação de medidores de qualidade e outras métricas sobre a maioria dos serviços de telecomunicações brasileiros, o órgão estatal mostrou no recém-divulgado documento relativo ao terceiro trimestre de 2017 que o preço médio cobrado por megabyte de navegação aumentou.
Enquanto a média em 2016 era de R$ 3,84 por mb/s, em 2017 esse valor ficou em R$ 4,62. Porém, quando isolamos as operadoras, vemos que o cenário é mais diverso, com algumas sendo mais responsáveis pelo aumento do preço médio do que outras.
Na Sercomtel, por exemplo, o preço saltou de R$ 2,11 para R$ 5,70, alta de 170%, enquanto a TIM aumentou o preço médio do mbps do seu serviço Live de R$ 2,09 para R$ 3,27, alta de 56%. Na NET, o aumento foi de R$ 0,96 por MB: de R$ 3,27 para R$ 4,23.
Já a Oi ajudou puxando o preço médio para baixo, porém, quando comparamos com suas concorrentes, percebemos que os valores da operadora ainda estão bem acima de outras opções: foram R$ 7,13 em 2017 contra R$ 8,60 em 2016. Vivo também passou a oferecer valores mais competitivos, passando de R$ 3,16 para R$ 2,76.
Outro dado interessante do documento diz respeito às receitas no mercado de telefonia móvel: seguindo tendência iniciada no 1° trimestre do ano passado, os valores arrecadados com serviços de voz foram menores no 3° trimestre quando comparados com o dinheiro obtido pelos serviços de dados: foram R$ 9,1 bilhões contra R$ 6,54 bilhões.
Desde 2012, as receitas decorrentes do mercado de voz caíram 49,3%, mas por outro lado, as teles tiveram um aumento de arrecadação de 319,4% com dados. E isso não deve surpreender ninguém.
Olhando para o volume de uso das redes para serviços de voz e dados, observamos que em seis anos os usos mudaram completamente, com a infraestrutura das teles sendo usadas para 74,41 bilhões de minutos de voz no primeiro trimestre de 2012, e no terceiro de 2017 para apenas 63,67 bilhões. Queda de quase 11 bilhões.
Já quanto ao uso de internet, aqui fica bem mais claro qual é a atual demanda do consumidor: no primeiro trimestre de 2012 elas eram utilizadas para transferir 32 PB (petabytes), enquanto no terceiro tri de 2017 a demanda foi de 469 PB.
O relatório da Anatel destaca ainda que apesar dos números quanto ao preço no acesso via banda larga não serem os melhores quando comparados com os de 2016, as teles tem promovido uma boa queda de preço desde 2010, quando o preço médio por megabyte era de R$ 21,18. Assim, sete anos depois, além de terem aumentado a cobertura, as operadoras conseguiram reduzir preços em 78,2%.
E você, o que acha dos preços que paga com a sua operadora? São justos? E a qualidade do serviço? Conte para a gente nos comentários!
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