Não deu para a Alphabet, a holding que abriga a Google, se ver pelo menos um pouco prejudicada após a multa aplicada pela União Européia.

Porém, a companhia deve estar feliz em ver que se não fossem os mais de US$ 5 bilhões que perdeu no processo, estaria com lucro 32% maior que o do mesmo período de 2017. Aliás, a companha deve estar respirando aliviada de toda forma, pois apesar de perder o valor estratosférico, ainda está distribuindo US$ 3,2 bilhões aos seus investidores.

Além disso, o mercado está feliz com as informações que a gigante de buscas apresentou nos relatórios correspondentes ao período de abril a junho: o custo de aquisição - que envolve os trabalhos de marketing e parcerias da companhia com outras empresas para fazerem os usuários chegarem até as suas soluções - caiu pela primeira vez em três anos.

Ou seja, a Alphabet está gastando menos para fazer mais dinheiro. E isso fez as ações da holding chegarem a um aumento de 5% após a divulgação do resultado financeiro.

Não à toa é estimado que hoje a companhia seja responsável por um terço dos canais de anúncios publicitários disponíveis, o que reacende a própria discussão da União Européia, que condenou a empresa por práticas antitruste. Por lá, não gostaram que a consolidação da Google tenha se dado por vias consideradas dúbias - como obrigar o Android a pré-instalar seus aplicativos e usar seu mecanismo de busca.

Vale lembrar, a gigante de Mountain View também paga para a Apple tornar padrão as pesquisas via Google nos iPhones e iPads .

Resumindo, o problema judicial afetou o caixa, mas não mexeu na credibilidade da empresa frente ao mercado. Se não sofrer mais nenhuma sanção bilionária, a Alphabet deverá quebrar ainda mais recordes no trimestre vigente. Vejamos.

E você, o que achou dos resultados? Se preocupa com a monopolização da Google nos serviços nos quais atua? Conte para a gente nos comentários!