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Apple corta preços e muda sua estratégia com lançamento da família iPhone 11

11 de setembro de 2019 48

A Apple anunciou a família iPhone 11 na tarde de ontem (10) e confirmou o que muitos analistas já previam: a empresa finalmente parou de subir os preços dos seus smartphones. No caso do iPhone 11, a companhia comandada por Tim Cook fez um corte inesperado, indo dos US$ 749 (~US$ 3.043) cobrados pelo XR para US$ 699 (~US$ 2.840).

Já os iPhone 11 Pro e 11 Pro Max foram oficializados custando os mesmos US$ 999 (~R$ 4.059) e US$ 1.099 (~R$ 4.465) dos seus antecessores XS e XS Max, respectivamente. Além disso, quando levamos em consideração as variantes mais caras dos aparelhos citados (512 GB por exemplo), o preço é praticamente o mesmo de 2018.

Segundo analistas, tudo indica que a Apple resolveu pausar a sua estratégia de subir os preços dos iPhones. Isso porque a empresa pode ter sentido que essa ação estava "espantando" possíveis consumidores. Veja abaixo uma tabela onde fica evidente que os preços quase não mudaram de 2018 para 2019:

Imagem/Reprodução: 24ore. Preços quase não mudaram em relação ao ano de 2018.

Outro caso curioso envolve o iPhone 8, que continua sendo comercializado na Europa por 559 euros (~R$ 2.499). Segundo a imprensa local, o corte no preço foi de 150 euros (~R$ 670), algo que fugiu ao padrão Apple para o velho continente. Claro que o valor ainda está consideravelmente alto em relação aos concorrentes.

Mesmo assim, a curva de crescimento de preços estacionou e isso pode ter relação com a queda prevista para o mercado mundial de smartphones em 2019. De acordo com dados da IDC, esse percentual pode chegar a -2,2%. Além disso, a Apple começou a investir pesado em serviços.

A estratégia da companhia de Cupertino ficou clara durante o evento de ontem, com o lançamento do Apple TV+ e Arcade. Ambos custam apenas US$ 4,99 (~R$ 20) e surpreenderam o mercado e até mesmo muitos concorrentes diretos (Disney Plus e Netflix).

Apple agora investe pesado em serviços e isso pode mudar estratégia de preços para iPhones e outros hardware.

Assim, podemos dizer que a Apple agora reconhece que não faz sentido continuar subindo o preço do seu hardware. Isso porque a queda no número de unidades vendidas também acarreta em menos assinaturas em serviços embarcados em cada dispositivo.

Ao que tudo indica, essa mudança agradou ao mercado acionário e isso foi sentido na Bolsa de Valores. Em anos anteriores, quando a Apple encerrava sua conferência, as ações sempre caíam. No entanto, em 2019 elas subiram 1,18% e esse foi o maior aumento diário desde novembro do ano passado.

(atualizado em 19 de março de 2024, às 04:42)

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