Que os serviços de streaming estão conseguindo fidelizar cada vez mais o público não há dúvidas, mas o consumidor que paga uma média de R$ 30 para assistir conteúdos variados em uma plataforma, muitas vezes, não sabem os altos investimentos que são feitos para manter os títulos mais populares acessíveis.

Recentemente foi constatado que a Netflix, HBO e NBC Universal, somadas, gastaram mais de US$ 2 bilhões para manter apenas 4 séries no ar, que são: Friends, The Big Bang Theory, The Office e Seinfeld.

Essas informações têm como base os dados divulgados pelo site Hollywood Reporter, onde a série The Big Bang Theory custou ao HBO Max um valor estimado em US$ 1 bilhão pelas 13 temporadas, um investimento que para o canal vai trazer um bom retorno, assim como tem sido com Friends, no qual a empresa aplicou US$ 425 milhões por cinco anos de contrato.

"Poucos programas definem uma geração e capturam o público como The Big Bang Theory. Estamos empolgados com o fato de HBO Max ser o streaming exclusivo, lar desta grande comédia a ser lançada na primavera de 2020. Esse programa foi um sucesso virtualmente em todo o mundo, é um dos maiores programas de televisão aberta da última década e o fato de podermos trazê-lo a uma plataforma de streaming pela primeira vez nos EUA é um adicional para nossa nova proposta", disse Robert Greenblatt, presidente da WarnerMedia Entertainment em comunicado.

Enquanto isso, a NBC Universal permanece lutando para manter The Office em seu streaming, desembolsando US$ 500 milhões pelas 9 temporadas da comédia estrelada por Steve Carell e Jenna Fischer. A Netflix, no entanto, havia investido US$ 100 milhões para continuar exibindo Friends em seu catálogo com exclusividades no final de 2018, mas não conseguiu manter tal valor por muito tempo.

Com isso, a melhor estratégia foi passar na frente da concorrência e aplicar US$ 500 milhões por Seinfeld, algo que mostrou o quanto o serviço de streaming global de filmes e séries está dedicado em dar ao seu público conteúdos exclusivos, sejam aqueles gerados por eles, ou simplesmente os financiados para dar diferenciais a quem escolhe realizar a assinatura.

"Seinfeld é melhor em termos artísticos e infinitamente mais influentes e geralmente mais culturalmente importante que Friends. Não é remotamente, no entanto, tão fácil de entender", escreveu o especialista em cultura Adam Sternbergh.

O fato dessas empresas investirem tão alto por estas séries mostra o quanto o público ainda se agrada em conferir conteúdos um pouco mais antigos, já que todas elas possuem um número limitado de temporadas por já terem sido finalizadas por suas produtoras.

Já a Disney e Apple preferem dar produções novas aos seus futuros assinantes, onde objetivo é conseguir fidelizar o público com diversos conteúdos exclusivos que contam com histórias atualizadas e a participação de atores renomados.