Android 28 Set
A Xiaomi realizou nesta semana um grande evento de lançamentos na Índia. Desta vez, a empresa ampliou ainda mais o seu catálogo de produtos inteligentes no país, sendo que a companhia também confirmou a chegada da subsidiária POCO ao mercado brasileiro.
Isso mostra que a chinesa vem expandindo rapidamente a sua atuação em todo o mundo, algo que enfraqueceu a sua presença na China. Em entrevista concedida nesta semana, o CEO da empresa, Lei Jun, comentou que a Xiaomi precisa voltar a focar no mercado chinês.
Para Jun, a Xiaomi tem a missão de promover os dispositivos chineses em todo o mundo, mas a empresa não pode esquecer do "conteúdo local". Além disso, o executivo também destacou que a companhia respeita regulamentos e leis específicas de todos os mercados onde atua:
Devemos cumprir as políticas e regulamentos locais de vários países e devemos ser excelentes residentes corporativos locais.
Por mais que não cite diretamente, o argumento de Jun reforça a estratégia da Xiaomi na Índia. Apesar do sentimento anti-China ter provocado uma série de restrições, a fabricante continua seguindo todas as orientações fornecidas pelo governo indiano.
Jun ainda argumentou que a Xiaomi deve investir em uma cadeia de suprimentos que promova tecnologia chinesa. Apesar de não citar a Huawei, tudo indica que a companhia pode acabar seguindo o mesmo rumo da concorrente.
depender de tecnologia estrangeira é arriscado para a Xiaomi e outras chinesas. Por isso, a fabricante quer ampliar a taxa de peças e componentes "locais" em seus smartphones.
Contudo, diferente da Huawei que sofre com as sanções dos EUA, a Xiaomi e outras concorrentes devem usar peças chinesas "discretamente", algo que incentivará a indústria de tecnologia do país.
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