Após um longo período de dificuldades financeiras, a Oi está enfrentando uma séria reestruturação. Uma das etapas de maior destaque durante essa reestruturação é a venda da Oi Móvel, divisão de telefonia celular da companhia, que passou por uma verdadeira novela nos últimos meses.

Cotada para ser vendida para um consórcio formado pelas rivais Claro, TIM e Vivo, a Oi Móvel chegou a receber propostas da Algar Telecom e da Highline, empresa de infraestrutura de rede, que desistiram de suas propostas pouco depois. Analisando esse cenário durante conferência de resultados financeiros, Luigi Gubitosi, CEO da Telecom Italia, que comanda a TIM Brasil, afirma que a equipe de operadoras não deve ter competição para aquisição da Oi.

Gubitosi lembrou que Claro, TIM e Vivo tem a preferência da Oi, que fechou acordo de exclusividade com as operadoras em agosto, sendo, ao menos até o momento, as únicas competidoras. A atual proposta do consórcio é de R$16,5 bilhões, com compromisso de uso da rede fixa da Oi. Os ativos, clientes e espectros serão divididos entre as três, de acordo com cada região e respeitando os limites impostos pela Anatel.

O CEO também aproveitou a oportunidade para reforçar o compromisso da Telecom Italia com a TIM Brasil apesar das reestruturações que a companhia italiana também vem sofrendo. Quando questionado pelos analistas sobre se valia à pena manter os investimentos na operadora brasileira, Gubitosi afirmou que sim, revelando os planos de torná-la líder de mercado. De acordo com suas previsões, a TIM Brasil deve manter crescimento de 5% ao ano nos próximos dois anos.

O leilão para venda da Oi Móvel está marcado para acontecer no dia 14 de dezembro, de maneira virtual devido à pandemia de COVID-19. A transação terá grande impacto nas telecomunicações brasileiras, e foi inclusive a responsável por novo adiamento do leilão de frequências do 5G no país.