Economia e mercado 24 Jul
As notícias sobre a compra dos ativos da divisão móvel da Oi ganharam intensidade nos últimos dias, com a chegada da Highline ao negócio e a proposta conjunta de TIM, Claro e Vivo, no momento em que o mercado de telecomunicações está agitado com a chegada do 5G DSS em algumas cidades brasileiras.
E o noticiário esquentou nos últimos dias, quando o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que a Highline desistiria do negócio. A empresa, controlada pelo fundo Digital Colony, tem até o dia 3 de agosto para fazer uma proposta maior que os R$ 16,5 bilhões ofertados pelo grupo formado por Claro, Vivo e TIM.
Contudo, segundo o portal Teletime, a Highline não desistiu do processo. A publicação afirma que houve agitação no mercado após a informação publicada por Jardim, mas a desistência não foi confirmada por fontes ouvidas pelo portal especializado no mercado de telecom.
Ainda segundo o Teletime, a empresa controlada pelo Digital Colony ainda tem bastante espaço para negociação, e as partes não chegaram a um ponto de estresse que justificasse a desistência, nem mesmo a uma ameaça de saída, o que que poderia levar a própria Oi a tentar manter a empresa no jogo para não perder o poder de barganha.
Mesmo com todas as especulações envolvidas, desde 22 de julho a Highline tem acordo de exclusividade com a Oi para na negociação, que vai até amanhã (3). A Oi já afirmou que está avaliando a proposta conjunta das operadoras, mesmo sem ter tomado nenhuma decisão.
Sobre essa proposta, segundo a Exame In, a maior fatia dos R$ 16,5 bilhões é a TIM Participações, que entrou com valor entre R$ 7 bi a R$ 8 bi, e a Claro tem a menor participação no lance conjunto.
Na negociação, o que está em jogo é uma posição chamada stalking horse, ou seja, o direito de ser o primeiro a fazer um lance e com poder de cobrir a melhor oferta. A proposta de Vivo, TIM e Claro poderia ter essa qualificação como condicionante para ser vinculante, ou seja, com garantia de efetivação. Por outro lado, a da Highline só teria a qualificação ao fim das negociações.
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