Curiosidade 01 Dez
Atualização (15/02/21) - JS
Na semana passada, a empresa de tecnologia focada na fabricação dos chips Snapdragon, a Qualcomm já havia se posicionado contra a compra da ARM pela Nvidia, alegando que tal ação iria contra a prática de concorrência legal, indicando o nascimento de um possível monopólio.
E aprece que ela não é a única marca preocupada com isso, já que a Microsoft e Google entraram nessa frente para barrar a finalização da compra. Levando em conta um relatório divulgado recentemente pelo Bloomberg, as três estaria levantando argumentos junto a órgãos antitruste soba a alegação de enfraquecimento da concorrência, já que a Nvidia teria controle total sob os chips desenvolvidos pela ARM.
Atualmente, os órgãos dos Estados Unidos, Reino Unido, UE e China estão analisando a solicitação e, segundo rumores, a Comissão Federal de Comércio (FTC) estaria na segunda fase de análise do acordo e teria solicitado mais informações sobre como seria o trabalho da Nvidia e ARM.
“No final das contas, seja este negócio anticompetitivo ou não, é baseado em uma ideia muito simples: a Arm é um facilitador da competição. Permite às empresas sair e competir. Quer você seja MediaTek, Amazon Web Services, Qualcomm ou NXP. Qualquer empresa - independentemente do seu orçamento de P&D (pesquisa e desenvolvimento) - pode obter e licenciar da Arm e construir sua própria CPU baseada em Arm. Esse é um modelo único. O incentivo (para a Arm) é compartilhar sua tecnologia com o maior número de pessoas possível, e a única coisa que eles podem obter em troca são royalties. Isso cria confiança entre a Arm e seus licenciados. Esses licenciados fornecem informações à Arm que podem (ajudá-la a) fazer produtos melhores para permitir que a próxima geração (de produtos) obtenha mais receitas. É um ciclo virtuoso”, alega uma fonte da indústria.
Texto original (12/02/2021)
Confirmando inúmeros rumores, a Nvidia balançou o mercado quando anunciou em setembro do ano passado a aquisição da ARM, responsável pelo design de chips que equipam smartphones, servidores e até mesmo laptops, como os MacBooks com Apple M1. A transação foi uma das maiores da história da tecnologia, custando à Nvidia nada menos que US$40 bilhões (~R$214,7 bilhões), e está agora sob investigação de órgãos reguladores.
A compra terá grande impacto no mercado da tecnologia, e gerou preocupação em algumas companhias e até países, como foi o caso da China, que enxerga que a aquisição poderia se tornar uma arma comercial dos EUA. Ao que parece, há ainda algumas fabricantes preocupadas com o acordo.
Esse seria o caso da Qualcomm, conforme reporta o site CNBC. Fontes do portal de economia revelam que a fabricante dos processadores Snapdragon, que utilizam tecnologia ARM, estaria em contato com órgãos reguladores em todo o mundo solicitando que a aquisição da Nvidia seja negada.
A Qualcomm teria inclusive compartilhado seus pontos de preocupação com a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA, a Autoridade de Competição e Mercados do Reino Unido e a Administração Estatal para Regulação do Mercado da China, detalhando os motivos pelos quais a compra deveria ser negada.
A companhia não respondeu aos questionamentos do CNBC, mas as fontes informam que a fabricante teria entrado em contato com os órgãos pois "acredita que eles terão um papel crucial ao determinar se o acordo será finalizado ou não". Em resposta ao portal, a Nvidia se mostrou confiante de que a aquisição será aprovada:
Nvidia disse ao CNBC que está confiante de que os órgãos reguladores enxergarão os benefícios da aquisição. A ARM recusou comentar o caso e a SoftBank ainda não respondeu aos pedidos de comentário do CNBC.
Caso a compra seja de fato aprovada, a Nvidia afirmou que pretende manter o modelo de negócios da ARM do mesmo jeito, e prometeu gastar recursos significativos para garantir que clientes como a Apple não encerrem suas parcerias.
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