Economia e mercado 21 Jun
A Meta, ex-Facebook, vem aplicando fortes investimentos no mercado da tecnologia com o intuito de expandir o acesso ao metaverso — conceito que mescla mundo real e realidade virtual — implementando em mais segmentos de mercado, incluindo uso em jogos, como acontece atualmente com o Oculus Quest 2, por exemplo, e aplicação no ambiente de trabalho.
Buscando entender os efeitos de um ambiente de trabalho totalmente virtual, pesquisadores recrutaram 18 voluntários que foram inseridos no ambiente virtual durante uma semana. O objetivo do estudo é revelar os impactos dessa tecnologia na saúde dos trabalhadores e avaliar o rendimento em um espaço de RV.
Segundo dados do experimento, os 18 participantes trabalharam 8 horas por dia — totalizando 40 horas semanais — com 45 minutos de intervalo para almoço. Nos primeiros dias da avaliação, três pessoas desistiram após relatar muita náusea, ansiedade e enxaqueca devido ao uso excessivo dos óculos de realidade virtual.
Apesar das três desistências, os demais voluntários continuaram com o teste e após o término do experimento, relataram que a experiência foi "desagradável" por causar muito cansaço visual e dor de cabeça, efeitos predominantemente reclamados pelos participantes da análise.
Conforme revelam os dados obtidos com o estudo, migrar imediatamente para um ambiente de trabalho virtual pode não ser confortável para os funcionários, aumentando a incidência de enxaqueca, dores nos olhos e ansiedade, também reduzindo a produtividade se comparado ao trabalho presencial.
A título de curiosidade, creio ser válido relatar minha experiência pessoal e empírica com o metaverso. Em um dos eventos destinados à imprensa pude experienciar uma reunião de trabalho no ambiente de trabalho virtual e, corroborando os resultados da pesquisa, poucos minutos usando os Oculus me causaram vertigem, náusea e dor de cabeça.
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