Atualização (20/12/2022) - HA

Já sendo desenvolvido a alguns meses, o super computador Pégaso da Petrobras enfim vai começar a funcionar em toda sua potência —reunindo nada menos que 2.016 GPUs Nvidia A100 e 7.308 chips AMD Epyc 7513, que oferecem um total de 233.856 núcleos. Essa máquina que ocupa atualmente o posto de supercomputador mais potente da América Latina —antes era o Dragão, também da Petrobras— oferece mais 21 petaflops, somando um total de 63 petaflops disponíveis à estatal. Vale lembrar que cada petaflop equivale a 1 quatrilhão de operações de matemáticas por segundo.

O projeto custou cerca de R$ 300 milhões e seu desempenho (não destinado a games ou outras tarefas mundanas) equivale a um batalhão de 150 mil notebooks em conjunto espalhados em racks que somam 35 metros de comprimento e 30 toneladas. A máquina vai ficar a cargo dos cálculos complexos exigidos pela petrolífera com a ajuda de 678 TB de RAM, sendo que cada GPU traz ainda 80 GB de memória.

Em termos de eficiência energética, o computador gera 18.461 gigaflops por watt —ficando como o 39º superPC mais eficiente do mundo e o melhor em termos de América Latina. A máquina deve atuar por pelo menos cinco anos, quando mais máquinas do gênero devem se juntar ao time da estatal —que quer atingir 80 petaflops em breve.

O supercomputador roda um sistema operacional com a distribuição Linux CentOS.

Atualização (1/8/2022) - HA

Petrobras: supercomputador Pégaso será maior da estatal e está sendo montado em Vargem Grande

Depois de um anúncio oficial no mês passado, agora temos mais detalhes sobre o Pégaso, o novo supercomputador da Petrobras, que começou a ser montado em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, e deve estar pronto até o final do ano. A máquina deve pesar nada menos que 30 toneladas e será o maior supercomputador da estatal — equivalendo a 150 mil laptops, ou 6 milhões de celulares.

Esse será a quarta aposta da empresa neste setor, pois já conta com os Fênix, Atlas e Dragão. Quando pronto, ele deve se tornar ainda o sétimo maior no Brasil. Ele vem também agregar ao ranking do Brasil como 11º país do mundo em quantidade de supercomputadores, explica o professor Álvaro Coutinho, da Coppe/UFRJ e diretor do núcleo avançado de computadores de alto desempenho da universidade, em reportagem ao jornal O Estado de S.Paulo.

“O Brasil é o 11.º país do mundo em quantidade de supercomputadores, sendo três da Petrobras, o que mostra que ela tem um alto nível tecnológico. Estamos super bem colocados e, com o Pégaso, vamos ficar entre os 10 maiores”, disse ele ao jornal.

A tarefa do Pégaso será auxiliar geofísicos na hora de encontrar o lugar certo para perfurar poços para exploração do petróleo no fundo do oceano — um movimento errado aqui, além de um grave problema ecológico, sacrifica cerca de US$ 100 milhões para a Petrobras. Com seu poder (que precisou de 32 caminhões para o transporte das peças), o supercomputador deve reduzir riscos operacionais e encurtar o intervaloe entre a descoberta de um campo e sua adequação a um estado produtivo.

Atualmente, a Petrobras já trabalha com 42 petaflops de capacidade de processamento (nada menos que 1 quatrilhão de cálculos por segundo) com os atuais três supercomputadores. Esse número era de 10,2 petaflops em 2019. Agora, com o Pégaso, a capacidade deve chegar a 80 petaflops até o final do ano, ao lado de outros pequenos clusters, como o Tatu. Entretanto, quando estiver completamente operacional, só o Pégaso terá 62 petaflops.

Supercomputadores não são exatamente novidade, mas estão cada vez mais acessíveis e avançados ao mesmo tempo. Daí que algo do gênero, anos atrás, poderia custar US$ 3 bilhões, dez vezes mais do que os US$ 300 milhões que a Petrobras vai gastar no novo monstro para usá-lo por cinco anos. Depois, outro mais potente deve entrar para supri-lo.

Essa economia deve se refletir ainda na precisão, já que "com uma imagem melhor, em vez de colocar oito poços no campo, você faz seis, porque consegue ver os melhores lugares para perfurar”, afirmou o consultor Luiz Rodolpho Monnerat, consultor master da Petrobras há 35 anos na área de tecnologia..

Texto original (13/7/2022)

Petrobras inicia a montagem do supercomputador Pégaso em Várzea Grande, no Rio de Janeiro

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (13), a Petrobras revelou ter iniciado o processo de montagem do supercomputador Pégaso — nome que faz referência ao cavalo alado da mitologia grega —, que supera em capacidade de processamento o Dragão e Atlas, os dois maiores supercomputadores da América Latina.

Segundo informações da estatal, o Pégaso tem capacidade de processamento equivalente à soma de seis milhões de telefones celulares ou de 150 mil laptops modernos. O supercomputador será usado para análise de dados usados pela Petrobras para extração de petróleo bruto, incluindo informações geofísicas e geológicas.

Ampliar a capacidade de processamento permite que a petrolífera gere "imagens da subsuperfície cada vez mais nítidas das áreas mapeadas", reduzindo o tempo necessário para que os dados sejam analisados. Espera-se que o Pégaso aumente a capacidade atual de processamento da companhia de 42 para 63 Petaflops.

O supercomputador será montado na cidade de Várzea Grande, no Rio de Janeiro, ainda nos próximos meses. No total, o peso dos componentes atingiu 30 toneladas, requerendo o trabalho de 32 caminhões para transportar as peças até o local de destino. A previsão é de que o Pégaso comece a funcionar a partir de dezembro deste ano.

Enquanto o trabalho do supercomputador não começa, engenheiros e especialistas realizarão o árduo trabalho de montagem do equipamento que deve durar três meses. Após esse processo, será a etapa de instalação do sistema operacional e softwares que serão usados para análise de dados.

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