Economia e mercado 24 Jun
Estatísticas já indicaram que a conta de luz brasileira é a segunda mais cara do mundo e agora o ranking de custo de internet da Digital Quality Life 2022 mostra que a fatura de internet no Brasil é sete vezes mais cara do que a paga pelos moradores dos EUA.
O índice DQL é atualizado anualmente desde 2019 pela Surfshark com base no salário-mínimo e preços de planos de internet banda larga e móvel de cada país.
No Brasil, alguém que ganhe um salário-mínimo por mês (R$ 1.212) precisa trabalhar em média 6h40 para pagar a conta de internet, nos Estados Unidos este valor é sete vezes menor: equivalendo a apenas 57 minutos de trabalho. Sendo assim, o Brasil fica acima da média global de preços neste ranking.
Apesar disso, o EUA não está em primeiro lugar no ranking mundial, mas sim em 7º, enquanto o Brasil ocupa o 81º lugar na lista com 117 países. A medalha de ouro com o menor preço é da Armênia, onde um cidadão precisa trabalhar apenas 18 minutos para ter acesso à internet.
Levando em consideração a internet móvel, o Brasil ainda fica abaixo da média global em 71º lugar. Já no índice geral, que leva em consideração o custo, segundo salário, qualidade de conexão, segurança, infraestrutura e digitalização do governo, o Brasil é o 53º colocado, sendo que o pódio é composto por Israel (1º), Dinamarca (2º) e Alemanha (3º).
Na América do Sul o Brasil está em 4º lugar, atrás apenas de Chile, Uruguai e Argentina. Veja como o nosso país se saiu nos demais quesitos segundo a ordem global de melhor para pior:
- Uso de internet pelo governo: 30º
- Qualidade de conexão: 33º
- Infraestrutura: 62º
- Custo da Internet: 71º
- Segurança: 78º
A baixa colocação no quesito segurança já foi evidenciada em outras pesquisas, que já apontaram o Brasil como um dos países com maior número de ataques por ransomware no mundo. Esta é uma consequência direta da ampliação da digitalização, pois 90% das residências brasileiras já contam com acesso à internet, segundo dados do IBGE divulgados em 16 de setembro.
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