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Economia e mercado 26 Dez
27 de dezembro de 2023 4
O mercado de carros elétricos está prestes a enfrentar um grande obstáculo. Conforme reportado na última sexta-feira (22) pelo Bloomberg, os motoristas não estão interessados em adquirir seminovos e usados, e isso está afetando as vendas de modelos novos.
Os preços dos carros elétricos estão caindo mais rapidamente em comparação com os veículos a combustão. Especialistas apontam que os compradores estão evitando esses produtos devido à falta de subsídios e à intenção de esperar por tecnologias mais modernas, além das deficiências das redes de carregamento de baterias.
A depreciação dos valores de carros elétricos é agravada pela concorrência acirrada entre a Tesla e as fabricantes chinesas que estão ampliando seus investimentos em atuação global e novas tecnologias, como a BYD, que ganhou espaço no mercado brasileiro com um portfólio diversificado e produção nacional de vários modelos, como o Yuan Plus.
Para colocar esse fenômeno sob a perspectiva de números, após um período de três anos, carros a combustão são vendidos por quase 69,2% de seu valor original. Já os carros elétricos desvalorizam mais rapidamente e são vendidos por menos de 60% de seu valor original.
Na Europa, uma parcela significativa de carros elétricos é comercializada por meio de arrendamento, e com isso, fabricantes e revendedores que financiam essas transações tentam recuperar prejuízos ao aumentar os custos dos empréstimos. Isso afeta a demanda em alguns mercados que estavam na liderança da transição do combustível à bateria.
“Não há demanda de carros usados por veículos elétricos”, disse Matt Harrison, diretor de operações da Toyota Motor Corporation na Europa. “Isso está realmente prejudicando a história do custo de propriedade.”
Os preços dos veículos elétricos usados caíram em torno de um terço desde o início do ano até o mês de outubro, em comparação com uma queda de apenas 5% no mercado geral de carros usados, segundo estatísticas do iSeeCars.com. Os elétricos usados levam mais tempo para serem vendidos que os modelos a combustão, mesmo após os cortes de preços.
Outro fator que compromete a demanda por carros elétricos usados é a dúvida em relação à saúde da bateria. Modelos que já rodaram entre 200 e 300 quilômetros podem ser válidos para certos tipos de uso, mas pode se tornar menos atraente ao considerar o estado da bateria, que representa em torno de 30% do preço do carro.
Com a baixa demanda pelos modelos usados, a previsão de especialistas é que os problemas se agravem em 2024 — ano em que um número significativo de contratos de arrendamento deve chegar ao fim. Com isso, haveria um aumento na procura por um tipo de veículo que, por ora, o público parece ainda não estar disposto a adquirir.
As consequências impactarão o mercado de carros novos. Locadoras de carros elétricos e empresas de leasing optaram pelos veículos elétricos, mas o fraco desempenho que esses modelos apresentam no mercado de usados está fazendo com que essas empresas adotem estratégias mais conservadoras, causando um excedente no estoque.
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