Economia e mercado 23 Ago
O governo estuda antecipar a cobrança do imposto de importação de até 35% para carros elétricos chineses. A informação foi confirmada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Em visita à fábrica da Stellantis em Goiana (PE), Alckmin admitiu ao Auto Indústria que o governo está avaliando o pedido da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Isso porque, caso o governo siga o seu cronograma definido no começo do ano, o imposto de importação total só deve ser cobrado a partir de julho de 2026.
Atualmente, o governo já tem cobrado 25% de imposto de importação para carros híbridos (HEV), 20% para híbridos Plug-in (PHEV) e 18% para elétricos 100% a bateria.
Contudo, a próxima alta de imposto só deve acontecer em julho de 2025 e a Anfavea reclama da "concorrência desleal", uma vez que as fabricantes chinesas estão "roubando" as vendas de montadoras estabelecidas no Brasil.
Além disso, a associação argumenta para o governo que a produção nacional pode parar caso o imposto não seja elevado imediatamente, sendo que também é solicitado uma cota de importação.
Nesse sentido, solicitamos o aumento imediato de Imposto de Importação a 35% para todos os veículos, com estabelecimento simultâneo de cota de importação linear por empresa, no volume médio de 4.800 veículos/ano, e que detenham ato de registro de Compromisso em conformidade com o Programa Mover.
Em movimento semelhante, Estados Unidos e União Europeia também estão taxando carros elétricos importados da China, enquanto o Canadá foi além e estabeleceu uma alíquota de 100%.
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