Planos 11 Jan
Recentemente, nós mostramos que a operadora Oi havia considerado ilegal uma assembleia convocada por alguns acionistas inconformados com o plano de recuperação judicial da companhia firmado no fim do ano passado.
A empresa luta para sair do vermelho e conseguir acabar com uma crise que a faz acumular uma dívida bilionária. Agora, buscando resolver alguns de seus problemas, a operadora Oi deve finalmente entrar em um acordo extrajudicial com a TIM que pode favorecer seu caixa.
De acordo com informações mais recentes, a operadora Oi aluga algumas redes dedicadas a TIM em 123 municípios do país. No entanto, a TIM não concordou com as políticas de preços praticados pela Oi e isso acabou gerando uma disputa judicial que se arrasta há algum tempo.
Agora, ao que parece, as empresas irão firmar um acordo que encerra a disputa e pode ajudar a Oi a melhorar seu caixa. Além disso, ao resolver o problema, a Oi abre espaço para começar a negociar novos contratos de compartilhamento de infraestrutura com outra grande operadora.
O presidente da Oi, Eurico Teles, revelou que a intenção da operadora é avançar ainda mais em acordos com a TIM, sendo que as empresas já possuem dois grupos de trabalho. Um de B2B e outro de Atacado, para resolver todas as questões pendentes referentes ao aluguéis de linhas dedicadas.
Além disso, é esperado que a Oi firme parcerias do mesmo gênero com a Vivo em duas áreas: fibras ópticas (área de interesse da Vivo) e antenas (área de interesse da Oi). Para Teles, não tem sentido para a Oi avançar na construção de torres na cidade de São Paulo, por exemplo.
Por isso, ele defende que um acordo com a Vivo pode ajudar a companhia a melhorar a sua cobertura na capital paulista. Ao mesmo tempo em que não tem sentido para a Vivo construir toda uma rede óptica para interligar capitais e grandes cidades do nordeste, sendo que a empresa pode usar a infraestrutura disponível da Oi.
Para Teles, esse tipo de movimentação entre as operadoras não geraria prejuízos e não traria problemas regulatórios para as empresas. Em entrevista, ele disse:
Não vejo como. É um serviço autorizado. É bom pra Anatel. Não tem sobreposição de ERB. É bom pro meio ambiente. É bom pro consumidor. Aumenta a oferta. Temos acordos com todas as grandes operadoras e queremos avançar no compartilhamento
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