10 Janeiro 2019
Galaxy F, Galaxy Fold, Galaxy Flex... A Samsung pode ainda não ter decidido o nome final do seu smartphone dobrável, mas uma coisa é certa: a produção do aparelho com tela Infinity-Flex já está a todo vapor e logo no início de 2019 é possível que vejamos o tão cobiçado dispositivo em seu pleno funcionamento.
Mas algo que preocupa muitos usuários (além da questão da durabilidade das partes mecânicas, óbvio) é a respeito do preço que a fabricante pode cobrar pelo smartphone dobrável. Estimado em US$ 1.800 - que com base na cotação do dia (15 de dezembro com o dólar a R$ 3,92) tal preço é convertido para R$ 7.050 desconsiderando impostos e taxas de importação -, o Galaxy F definitivamente não será barato ou acessível para a grande maioria dos usuários.
Mas de acordo com um dos vários relatórios obtidos pelo site holandês LetsGoDigital, não apenas o custo de produção do smartphone dobrável será extremamente alta como também a margem de lucro obtida pela Samsung será absurdamente elevada.
De acordo com uma pesquisa de mercado realizada pela agência coreana CGS-CIMB que estima o BOM (Bill of Materials, ou Conta dos Materiais) dos próximos smartphones, o custo de produção do Galaxy F será quase o dobro do Galaxy S9 Plus com uma margem de lucro de 65%.
Na tabela acima a agência compara o custo de produção aproximado do Galaxy F ao do Galaxy S9 Plus e iPhone XS Max. Enquanto a tela dos dois últimos aparelhos custam, respectivamente, 79 e 120 dólares para a produção, o Galaxy F terá um custo aproximado de 218 dólares por cada aparelho apenas em relação ao display.
No total, o Galaxy F poderá custar para a Samsung um valor aproximado de US$ 636, mas graças a uma margem de lucro extremamente alta de 65%, o smartphone dobrável poderá chegar aos consumidores custando o preço de US$ 1.800.
- Custo de produção: US$ 636 (~R$ 2.490)
- Preço para o consumidor: US$ 1.800 (~R$ 7.050)
- Margem de lucro: 65%
A estratégia da Xiaomi e outras chinesas
Visando se popularizar entre o mercado mundial extremamente competitivo, companhias como Xiaomi, Oppo e Vivo visam um outro tipo de estratégia. Diferente de aplicar uma margem de lucro extremamente alta para o seu dispositivo dobrável e supondo que a Xiaomi tenha um custo de produção do seu smartphone dobrável semelhante ao da Samsung, de 636 dólares, o que a companhia poderia apresentar seria um aparelho com alto preço de fabricação mas baixa margem de lucro, tornando o preço final para o consumidor muito mais atraente que o da Samsung.
Por exemplo: mesmo se a Xiaomi utilizasse exatamente os mesmos materiais de produção do Galaxy F e o preço de fabricação para a Xiaomi fosse de US$ 636, a companhia pode decidir não ganhar 65% do valor em cima do custo de produção e reduzir para 20 ou 30%, pagando a fabricação do dispositivo e investindo o restante em outros setores como o de marketing e propaganda.
O mercado de smartphones dobráveis ainda tem muito o que crescer visto que ele ainda está engatinhando com o lançamento do FlexPai ainda em 2018. Em 2019 as primeiras companhias do setor deverão apostar o seu melhor no desenvolvimento dos dobráveis e então veremos cada vez mais produtos como estes no mercado, mas é improvável que eles substituam de vez os aparelhos tradicionais em formato de barra.
Seja como for, muitas novidades estão para chegar nos próximos meses, então fique de olho!
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