Ontem (21) vimos que a Rússia foi pega no flagra com uma rede de phishing visando políticos norte-americanos. A Microsoft foi quem detectou o golpe, e desativou todos os seis domínios envolvidos no esquema.

Hoje, quem toma providências sobre condutas ilícitas na internet é o Facebook, ao lado do Twitter, que desmantelou três redes de opinião coordenada que visavam solidificar discursos de ódio no Irã e no país de Putin.

A maior delas contava com 813 mil seguidores no Facebook e 10 mil no Instagram, através de 168 páginas, 140 perfis de usuário, e 31 contas no serviço de fotos. Ela era utilizada para compartilhamento de conteúdos referentes ao Oriente Médio e situação política dos Estados Unidos.

O problema real dessa grande rede era a forma como queria passar uma ideia: ela se baseava em desinformação e descontextualização de fatos para pregar fatos ilegítimos, e fazia se passar por pequenas organizações independentes, quando foi comprovado que ela fazia parte de um grande e sofisticado esquema de fake news visando espalhar discursos de ódio.

Os perfis tinham como origem o Irã e a Rússia, e segundo Nathaniel Gleicher, chefe de segurança virtual do Facebook, todos os três grupos tinham como objetivo divulgarem agenda contra sauditas, semitas e carregar discursos pró-Palestina.

Logo em seguida, foi a vez do Twitter anunciar a retirada de 284 contas do ar pelas mesmas razões, com origem das mesmas regiões.

O episódio parece distante, mas tem paralelo com o Brasil: recentemente a rede de Mark Zuckerberg desativou uma rede coordenada ligada ao MBL (Movimento Brasil Livre). Um deputado chegou a ameaçar instaurar uma CPI contra a plataforma, criticando a postura do Facebook.

Vale lembrar, com as eleições se aproximando, todo cuidado é pouco, mas existem medidas para amenizar as mentiras com as quais cruzamos. Foi pensando na desinformação virtual que dois estudantes da Califórnia desenvolveram o SurfSafe, que ajuda a detectar montagens e imagens retiradas do seu contexto original na internet.

E você, o que acha da postura que o Facebook vem adotando para lidar com desinformação nas suas plataformas? Conte para a gente nos comentários!