
Economia e mercado 23 Out
05 de novembro de 2018 12
De acordo com um relatório publicado pela Freedom House, instituto de pesquisas sem fins lucrativos, a China está começando a exportar para outros países a sua política de censura na internet. O texto ainda afirma que as medidas de Pequim podem acabar ameaçando algumas democracias.
Esse já é o quarto ano consecutivo no qual a Freedom House alerta para os perigos do "autoritarismo digital" chinês, sendo que empresas estadunidenses estão até "legitimando" esse tipo de internet ao firmar parceria com companhias do gigante asiático.
Em um exemplo, a própria Google está planejando entrar no mercado chinês com um buscador censurado pelo partido comunista. Já a Microsoft e a Apple firmaram parcerias com empresas chinesas para conseguir autorização para operar no país.
Assim, esse modelo de internet censurada já começa a ser exportado para países como Uganda, Tanzânia e Vietnã, sendo que essas nações já consultaram a China sobre como implementar "medidas de segurança cibernética". Outro ponto de influência do gigante asiático são as conferências de internet que já contam com representantes de 36 países.
Nas últimas edições, algumas dessas conferências até tiveram a presença de nomes importantes do mercado de tecnologia como o CEO da Apple, Tim Cook. No evento, a China prometeu uma maior abertura, sendo que o país não cumpriu o compromisso e ainda exige que companhias estrangeiras cumpram a regulamentação de censura local:
Em vez de desenvolver produtos feitos sob medida para cumprir as regras de censura da China, acreditamos que os recursos e a engenhosidade das empresas de tecnologia seriam mais bem aproveitados para ajudar os usuários a ultrapassarem o “grande firewall” e assim terem acesso à versão sem censura de seus produtos, disse Sarah Cook, analista sênior de pesquisa da Freedom House para a Ásia Oriental
O texto ainda explica que seguir as regras de censura nem sempre garante o sucesso no gigante asiático. Ele cita um exemplo no qual Pequim resolveu limitar novas licenças para jogos impedindo a Tencent e outras companhias de lançarem novos títulos. A medida afetou até mesmo a Apple:
as coisas não estão se movendo como antes na App Store no país no que se refere à receitas, disse Tim Cook na época da medida
Outro ponto destacado é que a China agora obriga empresas internacionais a transferir dados de usuários locais para servidores dentro do país. Isso acaba colocando ainda mais em risco a privacidade do usuário, uma vez que muitas companhias que administram esses dados possuem ligações com o governo.
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