Lançamentos 07 Jul
Recentemente, vimos que uma das principais operadoras da Alemanha escolheu a Huawei como sua fornecedora de tecnologia 5G. A decisão seguiu a orientação do governo da primeira-ministra Angela Merkel, que optou por não implementar as recomendações de segurança dos Estados Unidos.
Contudo, um projeto de lei apresentado por parlamentares quer proibir totalmente o uso de equipamentos da chinesa. A medida vem preocupando autoridades de Berlim e está travando a certificação de dispositivos da Huawei.
Por isso, o partido conservador de Angela Merkel e as demais agremiações resolveram adiar para janeiro de 2020 a votação do polêmico projeto de lei. A intenção é encontrar uma solução negociada. O deputado social-democrata Jens Zimmermann disse:
Acho que chegaremos a uma decisão até janeiro, quando tivermos um plano decisivo de nosso futuro curso de ação
Até o momento, não há um consenso entre os integrantes do governo Merkel. Enquanto alguns defendem que a chinesa não tenha barreiras para atuar na Alemanha, outros acreditam que nenhuma fornecedora deve controlar mais de 50% da rede 5G. Além disso, muitos acreditam que as regras devem ser mais rigorosas para empresas que não são da Europa.
Atualmente, a maioria das operadoras alemãs utilizam equipamentos da Huawei no 4G. Por isso, em um comunicado conjunto, as empresas afirmaram que a proibição total da chinesa deve adiar a ativação do 5G "por alguns anos". Isso porque a companhia oferece o melhor custo-benefício do mercado.
Por enquanto, o governo alemão tenta negociar com o parlamento para evitar mais problemas. Enquanto isso, a Huawei tem defendido que é uma empresa independente do regime chinês. Já o ministério das relações exteriores da China ameaçou retaliar a Alemanha caso a Huawei seja banida no país.
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