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FaceApp viraliza de novo ainda com "cheque em branco" dos seus dados | Detetive TudoCelular

16 de junho de 2020 0

Em um mundo saturado de informações no ambiente online, muitos detalhes são deixados de lado ou esquecidos pelos internautas na hora de utilizar algum serviço suspeito. É o caso do FaceApp, um aplicativo de modificação de imagens que – definitivamente – pode trazer problemas à privacidade dos seus dados.

No mês de julho do ano passado, o mesmo app já havia viralizado com o recurso de simular a sua versão mais velha. Na época, o Detetive TudoCelular explicou como você estaria expondo seus dados ao criar uma conta nessa plataforma.

Mais uma vez, o FaceApp voltou a se popularizar agora em junho de 2020, com o recurso de mudar a pessoa de gênero. Mas será que o serviço corrigiu seus antigos problemas de segurança?

Esta coluna revisou novamente a política de privacidade, os termos de uso e a mecânica do aplicativo para conferir o que ainda há de riscos aos dados dos usuários. Entenda melhor a seguir:

“Cheque em branco” agora tem prazo

Na coluna do ano passado, este espaço ressaltou que o FaceApp, no item 5 dos seus termos de uso, deixava claro que poderia aproveitar das suas informações pessoais sem limites. A companhia atualizou o documento no dia 3 de dezembro de 2019, com algumas mudanças.

Transferida ao item 4 do mesmo documento, ainda há a sinalização de que você fornecerá ao FaceApp uma licença global, não-exclusiva, isenta de royalties e totalmente paga para ações variadas com seus dados.

No entanto, agora o app ressalta que isso vale de forma exclusiva para entregar os serviços a você. Até então, a ferramenta deixava explícito que poderia tornar públicas informações como seu nome, nome de usuário e imagem em todos os formatos e canais de mídia conhecidos, sem qualquer compensação. Veja as diferenças:

Antes

“Você concede ao FaceApp uma licença sublicenciada, perpétua, irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, global, totalmente paga e transferível para usar, reproduzir, modificar, adaptar, publicar, traduzir, criar trabalhos derivados, distribuir, executar publicamente e exibir seu Conteúdo do Usuário e qualquer nome, nome de usuário ou imagem fornecidos em conexão com o seu Conteúdo do Usuário em todos os formatos e canais de mídia agora conhecidos ou desenvolvidos posteriormente, sem compensação para você.”

Depois

“Você concede ao FaceApp uma licença global, não-exclusiva, isenta de royalties e totalmente paga para usar, reproduzir, modificar, adaptar, criar trabalhos derivados, distribuir, executar e exibir seu Conteúdo do usuário durante o termo deste Contrato somente para fornecer a você os Serviços.”

Basicamente, de um ano para cá, a licença passou a ser concedida com um fim: quando o aplicativo deixa de fornecer seus recursos a você. Até então, enquanto você utilizá-lo, valerá a questão do “cheque em branco”, para que o FaceApp tenha uma licença global para usar seus conteúdos.

Imagem: Reprodução

Contrapartida permanece

Apesar disso, o aplicativo segue com a contrapartida de ceder a você uma licença limitada ao conteúdo da plataforma, o que inclui “textos, gráficos, imagens, fotografias, vídeos, ilustrações, marcas registradas, nomes comerciais, cabeçalhos de página, ícones de botão, scripts, marcas de serviço, logotipos, slogans, filtros, filtros gerados pelo usuário e outro conteúdo neles contido”. Veja o que consta no item 6 do termo:

“Você recebe uma licença limitada, não exclusiva, intransferível, não sublicenciável e revogável para acessar e usar nossos Serviços e o Conteúdo do FaceApp para seu uso pessoal; no entanto, essa licença está sujeita a este Contrato e não inclui nenhum direito de: (a) vender, revender ou usar comercialmente nossos Serviços ou Conteúdo do FaceApp; (b) copiar, reproduzir, distribuir, executar ou exibir publicamente o conteúdo do FaceApp, exceto conforme expressamente permitido por nós ou por nossos licenciadores; (c) modificar o Conteúdo do FaceApp, remover quaisquer avisos ou marcas de direitos de propriedade, ou fazer qualquer uso derivado de nossos Serviços ou Conteúdo do FaceApp, exceto conforme expressamente estabelecido neste Contrato; (d) usar qualquer mineração de dados, robôs ou métodos similares de coleta ou extração de dados; ou (e) use nossos Serviços ou o Conteúdo do FaceApp, exceto os expressamente previstos neste Contrato.”

Sem login, sem Facebook

Um dos maiores medos no ano passado era pelo fato de a ferramenta utilizar um formato de login baseado no Account Kit do Facebook. Isso, na prática, submetia os seus dados sensíveis a mais empresas, além das políticas do próprio FaceApp.

Agora, a plataforma suprimiu o acesso por meio de um login. Em outras palavras, você não precisa mais inserir seu número de celular e criar um nome de usuário para utilizar o serviço. A alteração também pode ter influenciado a retirada de parte dos dizeres do termo sobre “Conteúdo do Usuário”.

Cuidado com as permissões

Ao concordar com as políticas da empresa, o usuário já é direcionado para a página de criação e modificação das fotos. Contudo, aqui vem outro dos perigos. Para fornecer os serviços, o app solicita duas permissões ao usuário.

Uma delas é o acesso aos seus arquivos salvos no celular, a fim de acessar suas imagens já capturadas. A outra consiste em liberar o uso da câmera – para fotos e vídeos. Veja nas capturas de tela abaixo:

Imagens: Rafael Barbosa / TudoCelular.com
Histórico com FBI e Procon

Ainda no ano passado, duas importantes entidades – uma internacional e uma nacional – se posicionaram sobre a plataforma. Uma delas foi o FBI, que investigou o aplicativo a pedido do senador americano Chuck Schumer.

Na ocasião, o órgão de inteligência norte-americano confirmou que a ferramenta da Wireless Lab, de fato, explora os dados dos celulares que as redes sociais. Com a diferença de mandar as imagens geradas pelos usuários para servidores em nuvem.

“O FBI considera qualquer aplicação móvel ou produto similar desenvolvido na Rússia, como o FaceApp, como um risco potencial de contrainteligência, tendo como base os dados que o produto coleta, seus termos de uso e políticas de privacidade e os mecanismos legais disponíveis ao governo russo que permitem acesso a dados dentro das fronteiras russas.”


FBI

Já a Fundação Procon de São Paulo multou o Google – em R$ 9.964.615,77 – e a Apple – no valor de R$ 7.744.320,00 – por fornecerem acesso ao FaceApp em suas lojas oficiais para os sistemas Android e iOS, respectivamente.

Como se prevenir?

Apesar de o FaceApp não ser um aplicativo recomendado, devido ao seu histórico com problemas de uso excessivo dos dados do usuário, você poderá tomar certos cuidados para dificultar a utilização indevida das suas informações pessoais.

Uma delas é sempre desativar as permissões concedidas após usufruir dos recursos do app. Mas tenha em mente que a ferramenta irá solicitar novamente quando for necessário.

Outra possibilidade é desinstalar o aplicativo logo depois de conseguir as modificações de imagens que deseja. Assim, poderá romper o contrato concordado anteriormente, já que o serviço não será mais prestado.

Remoção de dados na nuvem

Imagens: Rafael Barbosa / TudoCelular.com

O FaceApp também passou a fornecer uma opção em sua área de suporte para solicitar a remoção de dados na nuvem. Isto é, todo o conteúdo que você gerou – em tese – será deletado dos servidores da empresa, em um prazo de até 48 horas.

Para realizar o pedido, basta seguir o caminho dentro do app: Configurações > Suporte > Solicitar remoção de dados da nuvem > Excluir.

E aí, você se atentou às questões de privacidade e segurança digital ao usar o FaceApp? Relate a sua experiência para a gente!


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