Economia e mercado 09 Mar
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que a Huawei não deve participar da rede privativa que está sendo desenvolvida exclusivamente para o governo. A declaração foi uma resposta aos deputados que participavam de uma audiência pública sobre o 5G na Câmara dos Deputados.
Hoje a Huawei não está apta a participar da rede privativa do governo. Já são vários países que estão fazendo redes privativas e a Huawei não entrou em nenhuma até agora.
O ministro também deu a entender que a própria Huawei não quer ser a fornecedora para essa infraestrutura.
Se eles quiserem participar, se for do interesse deles, podem fazer um acordo de acionistas, eles podem se adequar para se classificar para a rede. Eu estive na China e pude perceber que eles não têm interesse em fazer a rede do governo.
Faria reiterou que o governo federal não está vetando qualquer fornecedora ou país no 5G nacional. No entanto, a rede segura tem alguns critérios, sendo que o principal deles é a governança corporativa compatível com as regras seguidas por empresas abertas na bolsa do Brasil, algo que exclui a Huawei.
A solução encontrada pelo governo evitou um banimento amplo da Huawei, atendeu ao pedido das operadoras e agradou a área econômica. Já o veto indireto aos equipamentos da chinesa no 5G privativo acaba atendendo aos militares e até mesmo à ala ideológica.
Assim, mesmo que fique de fora do 5G governamental, as portas estão abertas para que a Huawei possa fornecer equipamentos para as operadoras no 5G privado. Comentando o assunto, a fabricante chinesa evitou polêmicas.
Por outro lado, o ministro disse que a Nokia se tornou especialista em fornecer equipamentos para governos. Um exemplo disso é que a finlandesa foi escolhida para operar a rede privativa dos Estados Unidos.
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