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GrayKey: dispositivo de invade iPhones tem possível sistema de funcionamento revelado

23 de junho de 2021 0

O GrayKey é um dispositivo que permite desbloquear iPhones, e gerou muitas polêmicas quando foi lançado devido à violação de privacidade de muitos usuários. Agora, um relatório recebido pelo Motherboard pode indicar como o dispositivo criado pela Grayshift funciona.

O dispositivo gera muitas curiosidades por conta da criptografia presente nos iPhones, mas que pode ser burlada a força com o GrayKey, como foi o caso de um iPhone 11 Pro Max que foi invadido pelo FBI em janeiro de 2020.

Segundo o Motherboard, o relatório recebido por eles é do Departamento de Polícia de San Diego, onde instruções para uso do GrayKey são mostradas. Confira parte delas abaixo:

Imagens: Vice

Inicialmente é dito que o GrayKey identifica automaticamente o uso de códigos alfanuméricos para bloquear o iPhone, e ao conectá-lo ao aparelho, um "agente" será instalado.

O analista responsável pelo GrayKey poderá, então, selecionar um arquivo chamado "crackstation-human-only.txt", que contém 63 milhões de senhas e pode levar até 183 dias para ser processada pelo dispositivo para desbloquear o celular. Outra lista alfanumérica também é fornecida, contendo 1,5 bilhão de possíveis senhas.

Há ainda a opção para o analista criar uma lista especial com possíveis senhas utilizadas pelo dono do aparelho, que pode ser inserida no GrayKey para desbloquear o iPhone, o que pode ser mais rápido que a lista predefinida, no caso de uma investigação.

Ainda é dito que, se o agente do GrayKey for instalado corretamente, o iPhone entrará automaticamente em Modo Avião, podendo então ser desconectado ou ainda permanecer ligado ao dispositivo para seu desbloqueio.

Além disso, outro agente é instalado pelo GrayKey: o Hide UI, que armazena a senha utilizada no aparelho e a fornece aos analistas para uso posterior, caso necessário.

É interessante dizer ainda que o dispositivo ainda pode ser configurado para extrair certas informações como fotos, vídeos e senhas do aparelho após ele ser invadido, automatizando ainda mais o procedimento. Por enquanto, a Grayshift não comentou o vazamento.

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