Enquanto muitos brasileiros ainda estão se preparando para tomar a primeira dose de um imunizante contra o coronavírus, outros muitos já estão na fila para a segunda dose, contudo, por conta da agilidade no processo de desenvolvimento e aplicação das vacinas, pouco se sabe ainda sobre a real eficácia e durabilidade delas, ainda mais quando temos apenas a primeira dose em nosso organismo.

Ao falar sobre a vacina AstraZeneca em específico, um recente estudo conduzido pela Viana Vacinada apontou a eficácia de meia dose do imunizante, que foi aplicada em quase 20 mil voluntários do município.

De acordo com uma publicação nas redes sociais do secretário de Saúde, Nésio Fernandes, a dose ajustada do imunizante foi capaz de produzir anticorpos protetores em 88,3% dos pacientes que estão sendo monitorados. A expectativa é que este número aumente com a aplicação da segunda meia dose.

Saindo agora do evento de início da vacinação com a segunda meia-dose da vacina da #Astrazeneca no município de Viana/ES. ½ dose produziu anticorpos protetores em 88,3% dos pacientes em monitoramento laboratorial. @OPASOMSBrasil @minsaude @GovernoES @ufesoficial @ICEPi_SUS https://t.co/kjgu4rd4Au pic.twitter.com/tjjkS1CAMj

— Nésio Fernandes (@dr_nesio) August 8, 2021

Mesmo com a redução da dose inicial, Nésio Fernandes afirmou que eventos adversos, como: dor e febre, após a primeira meia dose, foram equivalentes em frequência e intensidade à dose padrão, porém em duração reduzida.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Viana, 10.464 pessoas foram imunizadas com a segunda meia dose do imunizante, neste domingo (08), Dia D de imunização do Projeto Viana Vacinada.

Com investimento no estudo e a conclusão positiva, poderemos fazer com que as doses de AstraZeneca no Brasil "rendam" mais, já que, com apenas uma dose completa (aplicada em duas etapas) será possível imunizar o paciente. Ainda é necessário observar a eficácia do estudo em pacientes que já contraíram a doença, ou que apresentem diferentes quadros clínicos.