A Rússia acaba de prorrogar a permissão de residência ao ex-analista da Agência de Segurança Nacional, a NSA, Edward Snowden. A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (18/01) pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.

Snowden denunciou em 2013 detalhes de programas de espionagem de amplo alcance nacional e internacional do governo americano - incluindo até mesmo espionagem do telefone da ex-presidente Dilma Rousseff. Desde então, ele vive na Rússia protegido pelo governo local. Em setembro de 2016 ele foi chamado de mentiroso por uma comissão do governo norte-americano que estuda seu perdão.

Segundo o advogado Anatoli Kucherena, o ex-analista da NSA encontrou trabalho na Rússia no setor da tecnologia da informação, mas, por motivos de segurança, seu paradeiro exato é mantido em sigilo. Snowden é tema de filme, cujo o trailer já foi liberado no fim do ano passado.

Chelsea Manning, a militar transgênero que foi condenada a 35 anos de prisão por vazar dados para WikiLeaks, será solta em 17 de maio, segundo informou a Casa Branca nesta terça-feira (17/01). O pedido de liberdade havia sido feito em 2013, pouco após ingressar em uma prisão militar em Kansas, onde tentou se matar por duas vezes, inclusive no fim de 2016. Assim como Snowden, Manning favoreceu a publicidade de dados confidenciais do governo através da plataforma comandada por Julian Assange.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse na última semana que há "há uma grande diferença entre Chelsea Manning e Edward Snowden". Segundo ele:

Chelsea foi sentenciada e reconheceu a gravidade de seus atos. Pelo contrário, Snowden fugiu e se refugiou em um país que tentou minar a confiança em nossa democracia.