
Android 25 Fev
26 de fevereiro de 2019 92
Com o mercado de smartphones saturado de opções, é natural que algumas marcas acabem recorrendo a “truques” para ficar mais em evidência.
Não estamos falando apenas daqueles empregados nos testes de benchmark – onde muitas já foram flagradas usando táticas para gerar números maiores –, mas também no quesito câmeras, um recurso cada vez mas importante para o consumidor de tecnologia móvel.
O caso mais recente envolveu o recém-lançado Xiaomi Mi 9, que foi anunciado na China semana passada e ganhou sua versão global há poucas horas, durante a MWC19 (inclusive, o TudoCelular até já possui um hands-on com o aparelho).
Aparentemente, o novo top de linha da fabricante chinesa vem de fábrica com a configuração de gravação de vídeo em Full HD a 30 fps, porém, por algum motivo, a unidade enviada para os laboratórios do DxOMark tinha o 4K ativado por padrão.
Isso fez com que a pontuação do portátil subisse bastante, colocando-o acima de alguns modelos consagrados por seu desempenho em fotografia móvel como, por exemplo, o iPhone XS, Pixel 3 e o Galaxy Note 9.
De acordo com a análise do DxOMark:
Enquanto o Mi 9 é muito bom capturando imagens estáticas, ele realmente surpreende na gravação de vídeo, conseguindo 99 pontos – a melhor pontuação em vídeo que vimos até agora. A Xiaomi é a primeira câmera que testamos que grava a 4K por padrão, o que por parte, explica a excelente renderização de detalhes em ambientes iluminados e quando gravando em ambientes internos.
Quando questionada sobre o “problema”, a fabricante chinesa revelou que as unidades que estão atualmente à venda na China vem com a gravação de vídeo configurada de fábrica para Full HD a 30 fps, porém, uma atualização vindoura deve alterar a configuração padrão para o 4K.
Segundo um porta-voz da empresa:
A configuração padrão para gravação de vídeo no Mi 9 é o 4K, e ela vai ser aplicada na primeira atualização pós-lançamento via OTA. Uma versão anterior do firmware foi usada nas unidades pré-lançamento bem como naquelas que tiveram a fabricação iniciada mais cedo, a fim de se preparar para o lançamento.
Com o lançamento na Europa chegando apenas poucos dias após o anúncio na China, pela primeira vez, a fabricante não fez os MiFãs aguardarem meses por uma versão global.
Ao mesmo tempo que isso mostra que a empresa dinamizou o processo de lançamento, também nos deixa preocupados, vendo que ela teve pouquíssimo tempo para adequar o software a outros mercados.
Compreendemos que a “pressa” se devia basicamente à intenção de anunciar o modelo durante a MWC19, mas mesmo assim, com um histórico crescente de problemas relacionados ao software, que pioram a experiência de uso após a instalação de algumas atualizações, não é nenhuma surpresa se nos próximos dias bugs no sistema do Mi 9 começarem a ser relatados.
O DxOMark esclareceu que exige que fabricantes confirmem por escrito que os smartphones enviados para teste funcionam de forma idêntica aos disponibilizados para compra, e que se necessário, poderá refazer os testes e alterar as notas.
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