Tech 03 Jul
Marte é um dos corpos celestes que mais fascinam cientistas, além de ser constante alvo de estudos, tanto por sua proximidade da Terra, quanto pelo passado misterioso em que água pode ter coberto sua superfície. Agora, com sua aproximação do nosso planeta, diversas agências espaciais pretendem aproveitar o momento para colocar em prática missões para estudar o astro.
A primeira delas é a Hope, chefiada pelos Emirados Árabes Unidos, que pretende estudar o sistema climático marciano. Assim como a Terra, o clima de Marte também é influenciado por estações do ano, e o satélite do país árabe irá analisar as mudanças no decorrer de um ano marciano, equivalente a 1,8 ano terrestre. Os dados devem colaborar com a missão de colonização dos EAU, que deve acontecer nos próximos 100 anos. O lançamento ocorreu hoje, às 17h51 no horário de Brasília, e partiu da base de Tanegashima, no Japão.
Já no dia 23, a China deve ser a próxima com a Tianwen-1, missão que enviará um rover para estudar a superfície de Marte. Anunciada em maio, essa será a estreia do programa espacial do país asiático, preparando-o para acirrar a competição com os EUA no ramo da Astronomia. O governo chinês prevê ainda mais duas missões, que devem mapear todos os aspectos do astro.
Por fim, após adiamento por conta de anomalias nos equipamentos, os EUA devem enfim enviar o rover Perseverance ao solo marciano. Prevista para acontecer em 30 de julho, a missão Mars 2020 da NASA buscará por evidências de vida passada na cratera Jezero, que antigamente chegou a ser um lago.
Também estarão a bordo o helicóptero Ingenuity, para estudar o envio de futuras aeronaves, além de homenagens aos profissionais de saúde que estão lutando contra a COVID-19 e uma lista com mais de 10 milhões de nomes de entusiastas coletados pelo site da agência espacial.
Além das três missões, a sonda Curiosity, que já trafega pelo planeta vermelho desde 2012, deve ser realocada para um novo local, conhecido por "unidade contendo sulfatos". Formados na presença de água, os sulfatos podem revelar mais detalhes do passado de Marte. Caso não haja problemas, o rover deve chegar ao seu destino em setembro.
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