Um grupo de cientistas avaliaram a relação entre a alta taxa de glicose no sangue com os casos de infecção pela Covid-19, que, de acordo com relatórios recentes, pode ser evoluir para casos graves em pessoas que possuem hiperglicemia, fator que foi identificado durante a análise e que pode contribuir para um avanço mais rápido da doença.

Os pesquisadores chegaram a esse resultado após utilizarem a técnica de machine learning — método de análise de dados que automatiza a criação de modelos analíticos — para analisarem cerca de 260 mil estudos sobre o Coronavírus e identificarem que o nível de glicose na corrente sanguínea é um fator que aparece em diversas pesquisas, revelando sua possível influência na taxa de infecção pelo vírus.

Segundo os estudiosos, é possível que a glicemia elevada possa facilitar de alguma forma o processo de infecção causado pela Covid-19, que nesse cenário é capaz contornar com maior facilidade nossas barreiras de defesa naturais, como o sistema imunológico, por exemplo. O aumento na quantidade de açúcar no sangue pode provocar a destruição dos linfócitos — células responsáveis pela defesa do organismo — diminuindo nossa imunidade.

Não sabemos qual a relação entre os diabéticos e a taxa de infecção pelo Sars-CoV-2, visto que esse tipo de doença promove o aumento da glicose no sangue e, quando não controlada, pode desencadear sérios problemas ao corpo humano. Essa relação ainda não foi comprovada, no entanto é mais um indício recente sobre a ação da doença no organismo.

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