O lixo espacial ao redor da Terra já se mostrou um grande problema ao atingir e danificar a Estação Espacial Internacional (ISS) e agora o cientista Jake Abbott, que leciona na universidade de Utah, está afirmando que o nosso planeta pode ganhar seus próprios anéis no estilo de Saturno, mas neste caso eles são formados por cerca de 170 milhões de pedaços de lixo espacial.

Embora a maioria do lixo espacial seja formado por pequenos pedaços, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos monitora 23 mil detritos que são maiores do que uma maçã por representarem um risco a missões orbitais, viagens espaciais, a ISS e seus astronautas.

Outro motivo para preocupação são os pedaços que caem em nosso planeta. Segundo o The Salt Lake Tribune, a Terra é atingida por cerca de 200 a 400 pedaços de lixo espacial por ano. Um exemplo alarmante é a sucata do foguete chinês Long March 5B, que pesava quase 20 toneladas e caiu descontrolada na costa oeste da África em maio de 2020.

Confira abaixo uma simulação de como o lixo espacial se acumulou em torno do nosso planeta desde 1957:

Para se ter uma ideia, atualmente há 7,5 mil toneladas de detritos espaciais orbitando a Terra e é esperado que esta quantidade cresça ainda mais com o passar dos anos.

Para evitar que essa estatística continue assim, Abbott propõe que imãs sejam utilizados em braços robóticos para criar chamadas correntes parasitas, que coletariam estes detritos com maior precisão como uma espécie de raio trator.

O método ainda está sendo desenvolvido, então os resultados ainda não são garantidos, mas Abbott espera que a mesma técnica possa ser utilizada em cirurgias delicadas guiando objetos ou até mesmo pílulas com câmeras para realizar endoscopias ou colonoscopias de forma muito mais confortável nos pacientes, apenas guiando o objeto sem uso de fios dentro do corpo das pessoas enquanto elas repousam numa mesa de cirurgia.