Tech 05 Mai
O Hubble deu um susto nos amantes de astronomia ao apresentar falhas graves em 2021, mas está surpreendendo em 2022. Na quarta-feira (25), a NASA publicou a mais nova imagem capturada pelo telescópio espacial, revelando uma dupla de galáxias que orbitam uma à outra, localizadas a dezenas de milhões de anos-luz de distância da Via Láctea.
A fotografia é otimizada para exibir os detalhes da NGC 3227 (à esquerda) e NGC 3226 (à direita), de modo que oculte a grande massa de poeira e gás que unem as galáxias em uma “dança gravitacional turbulenta”, conforme descreve a própria NASA. A dupla é conhecida também como “Arp 94” e atual alvo de pesquisas pelas agências espaciais.
A imagem, por acaso, foi capturada como parte de um estudo para averiguar a massa dos buracos negros no centro das galáxias. Para isso, a dinâmica dos gases vem sendo observada e, com base em todo o conhecimento científico no ramo da astronomia, os especialistas vêm realizando descobertas intrigantes sobre essa dupla.
A NGC 3226, por exemplo, parece ter “engolido” uma hipotética terceira galáxia do conjunto, e portanto, adquiriu uma grande quantidade de energia e matéria — condições ideais para a formação de estrelas —, mas segundo um estudo promovido em 2014, essa galáxia não está produzindo tantas estrelas quanto o esperado para sua categoria.
Aparentemente, toda a matéria que deveria contribuir para a formação de astros está simplesmente “vagando” na galáxia e colidindo com os gases em abundância na região, o que dificulta ainda mais a ocorrência de estrelas. Esses detalhes levantam dúvidas sobre nosso conhecimento sobre como as galáxias produzem esses gigantes.
Paralelo a isso, a NASA quer deixar claro que não vive somente de missões não tripuladas. No início do mês, a agência começou a testar satélites para comunicação interplanetária com a infraestrutura da canadense Telesat.
Comentários