Depois da variante normal ter passado por nossas bancadas há pouco mais de três meses, finalmente chegou a hora do Amazfit Bip 3 Pro ser o alvo da nossa bateria completa de testes!

Mas será que o novo smartwatch da gigante chinesa é capaz de entregar um conjunto ainda mais completo do que a versão comum, dando razão ao “Pro” do seu nome? Isso e muito mais você confere a seguir, em nossa análise completa.

Disponibilizado ao público nas cores preto, rosa e creme, o Bip 3 Pro traz exatamente o mesmo visual da variante normal, adotando o formato quadrado que foi popularizado pela Apple e que já vem acompanhando a linha há algum tempo.

A prova d’água e bastante leve, malmente sendo notado quando vestido, o relógio é comercializado em uma caixa fina e longa, e vem acompanhado de manuais e da já rotineira base de carregamento.

Com pulseira de silicone e caixa que mescla plástico duro e o vidro da tela, aqui, temos basicamente a mesma apresentação de alguns outros vestíveis da Amazfit, com botão para ativação/voltar do lado direito e sensores para medição dos índices corporais no fundo.

Outra semelhança é o mecanismo de troca de pulseiras. Igual a versão normal, basta recorrer aos pinos localizados nas pontas de cada um dos lados para efetuar a mudança.

Mas vamos a um dos pontos principais dessa categoria: a tela. Aqui, temos um display de 1,68 polegadas com tecnologia TFT de quase 220 ppi que apesar de não trazer pretos verdadeiramente pretos e nem a melhor definição, entrega uma boa experiência.

Desde que o brilho esteja no máximo, não deverá ser um problema enxergar as informações exibidas na tela nem sob luz solar direta. Infelizmente, apesar do “Pro” no nome, ainda não temos um sensor para equilíbrio automático do brilho por aqui.

Além disso, embora não seja possível ver os pixels na tela, um ou outro item da interface revela um certo serrilhado, entregando a densidade um pouco inferior.

Mas não se deixe enganar! Todo o conjunto é bastante harmonioso, como vimos na própria variante normal do Bip 3, e o resultado da soma entre e design e construção deve agradar boa parte dos possíveis usuários, principalmente aqueles que não exigem tanto de um smartwatch.

Deixando o design um pouco de lado, vamos falar do sistema! Nesse aspecto, quem desembarcou por aqui esperando um conjunto mais completo do que o visto na variante normal, talvez se decepcione. Quem esperava mais ou menos a mesma coisa, mas com alguns poucos adicionais, talvez tenha vindo ao lugar certo.

Aqui, com poucas exceções, temos a mesma coisa que já vimos no Bip 3. Isso é, um monitor de atividades capaz de acompanhar seus índices corporais diários, tanto em repouso quanto em atividade, apto a capturar e exibir seus batimentos, níveis de oxigenação do sangue, estresse, passos dados, horas dormidas e, no caso das mulheres, o ciclo menstrual; mas nada muito além disso.

No caso dos treinos, são mais de 60 modalidades disponíveis, indo desde caminhada e corrida ao ar livre, até modalidades mais específicas, como dança, BMX, treino de força e ioga. E sob esse aspecto, um diferencial para a variante Pro.

Aqui, aproveitando da sua resistência à água de até 5 ATM, os menus do relógio trazem modalidades voltadas diretamente para a prática de natação, seja em águas abertas, seja em piscinas.

Para a versão Pro, ainda, a certeza de vir com o GPS integrado. Isso, pois apesar da variante normal ter sido anunciada e comercializada em alguns mercados com GPS embutido, nem sempre o recurso está presente; algo que não se repete na variante analisada aqui.

Assim, o modelo garante que suas atividades realizadas ao ar livre poderão ter suas rotas traçadas para então serem visualizadas no app.

Aplicativo

E por falar nele, temos aqui exatamente a mesma experiência que já estamos acostumados a ver para outros dispositivos da Xiaomi e das suas subsidiárias – como é o caso da Amazfit.

Chamado de Zeep, o app é capaz de manter um histórico completo dos dados do usuário coletados pelo relógio, mantendo registro dos passos dados, sessões de atividade física, batimentos, índices de estresse e oxigenação etc.

Além disso, o aplicativo permite fazer ajustes mais avançados quanto as medições, definir alarmes e objetivos, e escolher novos mostradores para a tela.

Fora o mostrador padrão, é possível escolher e sincronizar uma nova watchface a partir de uma “loja” embutida no próprio Zeep. Esta, conta com muitas opções disponíveis, com mostradores divididos em uma grande variedade de categorias.

Equipado com uma bateria de 280 mAh que pode ser carregada em pouco menos de 2 horas, a autonomia do Bip 3 Pro merece o mesmo destaque da versão normal.

Em nossos testes, com uso moderado, acompanhando grande parte dos índices corporais durante todo o tempo e com várias sessões de treino de 1 hora, o relógio foi capaz de suportar pouco mais de 15 dias longe das tomadas; marca ligeiramente maior que o prometido pela própria Amazfit.

Logo, para quem usa ainda menos o relógio, é provável que a quantidade de dias fora do carregador seja ainda maior. Para quem exige o máximo, com constantes ativações do GPS, por exemplo, é provável que essa marca seja cortada para algo em torno dos 7 dias.

Mas então, a variante Pro do Amazfit Bip 3 vale a pena ou não?

Sem dúvida, o relógio traz um conjunto bastante completo para quem procura um monitor de atividades, mas que não simpatiza com o design das smartbands, preferindo se manter dentro desse formato popularizado pela Apple para os seus smartwatches.

Ele traz boa construção e um design conciso, GPS integrado que soma para quem gosta de fazer atividades ao ar livre e uma autonomia que poderá garantir ao seu usuário ficar alguns bons dias longe das tomadas.

Mas ele não é perfeito. Além de trazer um conjunto de funções que pode ser insuficiente para classificá-lo como um smartwatch, de fato, e contar com uma tela que pode ser considerada fraca em alguns aspectos, a variante se perde um pouco quanto ao valor cobrado.

Em nossas buscas, o relógio está sendo comercializado no varejo nacional por quase R$ 210 a mais em relação à variante normal. Diferença um tanto quanto absurda se levado em consideração que a única grande distinção entre os modelos é a presença do GPS na versão Pro.

A comparação fica ainda mais injusta se levarmos em consideração alguns modelos um pouco mais avançados. Com alguns reais a mais, o usuário poderá levar um relógio com mais recursos e com uma construção melhor, como é o caso do Amazfit GTS 4 mini.

Assim, responder se o Bip 3 Pro vale a pena ou não se torna uma tarefa fácil. Se a diferença entre a variante normal e a Pro estiver pequena, levar o modelo para casa pode ser uma boa alternativa.

Se a diferença estiver alta e o valor do modelo estiver próximo ao de relógios mais completos, pode ser melhor esperar o preço baixar ou comprar logo um smartwatch mais incrementado.

Pontos fortes e fracos

Mas e você, o que achou do novo relógio da Amazfit? Conta para a gente aqui nos comentários! Como sempre, os melhores preços para o Bip 3 Pro você confere nos cartões abaixo! Eu fico por aqui, um abraço e até a próxima!