
Curiosidade 14 Dez
01 de janeiro de 2023 8
Depois do seu anúncio, ficamos com o gostinho de que a Apple finalmente tinha trazido mudanças significativas para o mundo dos relógios inteligentes; e depois do Series 7 ter passado por nossa bancada com um conjunto frio de novidades há pouco mais de um ano, não podemos negar que deu uma “coceirinha” no pulso para testar o tão falado Apple Watch Ultra!
Mas será que ele é realmente tudo isso que a Maçã fala? Isso e muito mais você confere a seguir!
Logo ao abrir a caixa, a primeira impressão que fica é que o Apple Watch Ultra vai ser um estorvo, sendo um verdadeiro incômodo em tê-lo no pulso. Isso, em grande parte, por conta do abandono das curvas suaves do modelo normal para adoção de um design mais robusto, encorpado, com uma tela de cantos retos.
Mas tudo isso cai por terra ao colocar o relógio no braço. Apesar do seu tamanho – que pode sim ser grande demais para alguns pulsos, a case de titânio garante a leveza e o bom design, grande parte do conforto.
Aqui, a sensação que fica é que estamos com um Apple Watch “comum”, mas com alguns incrementos.
Ao invés dos tamanhos padrão de caixa de 41 e 45 mm dos modelos normais, o Ultra vai um pouco além, chegando aos 49mm, mas sem muito aumento na tela. Pelo menos, apesar da mudança, as pulseiras dos Series de 44 e 45 mm continuam sendo compatíveis.
E por falar no display do relógio, além dos cantos retos, temos aqui uma tela 2x mais brilhante do que o próprio Series 8 – que foi anunciado junto ao Ultra. Com tanto brilho, é quase impossível achar uma situação que não seja possível enxergar as informações exibidas no relógio, mesmo ao ar livre sob luz do sol direta.
E não é dizer que a tela carrega apenas um desenho diferente ou mais brilho. Ela é parte da robustez do modelo e já figurou em algumas matérias aqui no site pela sua resistência, sobrevivendo a quedas (e a algumas marteladas).
Mas lembra que citamos que o Ultra trazia alguns incrementos?
Uma das surpresas mais bem vindas é que o modelo traz consigo um novo botão de acesso rápido personalizável, que junto com a famosa coroa giratória pode ser acessado de forma fácil mesmo se os dedos estiverem molhados, sujos ou com luvas.
Na verdade, o acesso é tão fácil que mesmo com a proteção lateral garantida pelas bordas de titânio da case, ainda ocorrem acionamentos acidentais em situações específicas – como quando dobramos muito o pulso em alguma atividade física.
De qualquer forma, a impressão final que temos para o design é que a Apple fez uma aposta segura, buscando agradar um público que procura um relógio para situações mais extremas, adotando um porte robusto de ótima qualidade, mas sem deixar de lado quem ainda busca um Apple Watch em um smartwatch da Maçã – e isso fica muito claro quando observamos o funcionamento do periférico.
Quando abordamos o funcionamento do Ultra, de forma geral, vemos o quanto ainda temos um Apple Watch no pulso. Sem nenhuma decepção para quem já usou algum dos relógios da Apple no passado, o novo modelo traz o mesmo funcionamento dos Series, mas com algumas adições.
Além da integração perfeita entre o smartwatch e o iPhone e a possibilidade de identificar algumas atividades de forma automática como já estamos acostumados, o WatchOS 9 traz alguns extras para o modelo, com uma sirene para emergências, novo app para mergulhos, nova watchface, modo noturno exclusivo e a possibilidade de personalização do botão extra da case.
A começar pela sirene, quando ativada, o relógio passa a emitir um alerta sonoro de 86 dB que a Apple garante que pode ser ouvido a uma distância de pouco mais de 180m. Marca que pode ser ótima para fins de emergência, mas que também demonstra a potência dos novos alto-falantes – que em conjunto com os novos microfones garantem uma ótima qualidade para chamadas.
Dando sequência às novidades, temos um novo e exclusivo app para quem mergulha.
Fazendo uso da capacidade do modelo de poder ser submerso a uma profundidade de até 40 metros, o módulo de mergulho pode ser iniciado manualmente, através dos menus, ou de forma automática, quando o relógio identifica que foi submerso em 1 metro.
Infelizmente, nos faltou uma amizade verdadeira com piscina a disposição para testarmos todos os recursos durante o final de semana em um churrasco, mas a promessa é que o relógio passe a exibir uma tela com atualizações de profundidade, temperatura da água e tempo de mergulho durante o tempo que estiver submerso – sendo que apps como o Oceanic Plus podem deixar as coisas ainda mais interessantes.
Mas lembra que falamos de um botão extra? Apesar de ser personalizável, podendo ser configurado para disparar um cronômetro ou pular direto para uma atividade física recente a partir da tela inicial, ele tem um funcionamento que muda dependendo do contexto, servindo também para parar ou iniciar um treino sem grandes rodeios, por exemplo.
Já a famosa coroa giratória, além das suas funções de sempre, também pode ser usada para ativar o novo modo noturno exclusivo do mostrador da família Orientação. Ao ser girada a partir da tela inicial, os elementos da watchface ficam vermelhos e o fundo, se ainda não estiver, fica preto.
O novo mostrador do Ultra faz uso dos poucos milímetros a mais de display e permite até 8 complicações personalizáveis. E para quem pode estar se perguntando, o modelo também suporta todos os watchfaces padrão do WatchOS 9 – incluindo as novas Metropolitano e Astronomia.
Como falamos anteriormente, apesar de ser um modelo visto por muitos como um smartwatch para extremos, ainda estamos falando de um Apple Watch. Por conta disso, a integração entre o relógio e dispositivos da marca se mantém.
Aqui, além da possibilidade de receber no relógio grande parte das informações que chegariam no iPhone, inclusive ligações – já que o Ultra, por padrão, conta com LTE, os usuários mais dedicados poderão tirar mais ainda do conjunto Watch + iPhone.
Isso, pois é possível configurar o botão extra do novo smartwatch para iniciar um atalho definido no iPhone. Como por exemplo, iniciar o GPS com direções para casa ao clicar no botão de uma forma específica.
Além do LTE que acompanha o modelo por padrão, a Apple adicionou mais algumas novidades ao Ultra.
Os usuários do relógio poderão contar com GPS de duas frequências (L1 + L5) que garantem uma localização mais precisa. Porém, infelizmente ainda não é possível baixar mapas para navegação offline.
O conjunto de sensores ainda entregam toda a experiência dos antecessores, sendo capazes de captar batimentos, níveis de oxigenação no sangue, VO2Max, sono, realizar um ECG e detectar quando o usuário se envolve em uma batida de carro e em uma queda.
A novidade do Ultra fica para o medidor de temperatura do pulso. Apesar de não ser muito útil para detectar a temperatura da mesma forma que um termômetro corporal, por exemplo, o recurso pode ser ótimo para detectar períodos de ovulação nas mulheres.
E se os sensores são um ponto relevante, o que falar da bateria? De forma bastante objetiva, podemos afirmar sem nenhuma sombra de dúvida que o Ultra tem a melhor bateria já vista em um Apple Watch até o momento. Mas o que isso quer dizer?
Em nosso uso, com a rede ativada, sessões de 1 hora e meia de atividade física com fones conectados, todos os sensores em funcionamento e notificações do WhatsApp ativadas, o relógio foi capaz de resistir a 2 dias longe das tomadas – algo inédito para um vestível da marca.
Em uma breve comparação, o modelo entrega uma autonomia 2x maior do que o Apple Watch Series 7 de 45 mm com LTE – que já testamos por aqui. E agora, com um novo modo de economia de bateria que chegou com uma atualização do WatchOS 9, a expectativa é que essa diferença fique ainda maior.
Para encher novamente o tanque, o relógio conta com o recurso de carregamento rápido. Em nossos testes, foram necessários 40 minutos para completar 50% da bateria e 1 hora e 40 minutos para completar os 100% da carga.
Apesar de grande parte do seu material de publicidade ter ido em encontro a usuários que enfrentam situações mais extremas como escaladas, triathlon, mergulhos com oxigênio e até esportes de alto desempenho, o Apple Watch Ultra pode ser uma ótima opção também para quem não faz nada disso.
De forma bastante simples, o relógio atende com tranquilidade dois públicos muito distintos.
Primeiro, aqueles que de fato procuram um relógio robusto capaz de suportar situações mais desafiadoras. Em segundo, os usuários comuns, que até fazem algum exercício, mas que procuram apenas um Apple Watch com o dobro de duração de bateria e um acabamento mais robusto e resistente, que não precisará de uma case.
Mas apesar de todos os pontos positivos que o novo smartwatch traz, ele ainda não pode ser considerado uma escolha unânime.
Ele supera outros relógios de esporte por contar com LTE por padrão, integração fluida com o iPhone e trazer todos os recursos que já conhecemos do Apple Watch, mas ainda “falha” em um aspecto muito importante: a autonomia.
Apesar de estender a capacidade de bateria dos modelos comuns, o modelo ainda passa um pouco longe da eventual expectativa de ter um relógio com autonomia suficiente para durar uma semana ou mais, como acontece em alguns modelos da Garmin, Polar ou Coros.
Mas nada disso tira o brilho do trabalho feito pela Apple no modelo. Até porque o preço talvez seja o maior responsável por algo do tipo.
Aqui no Brasil, o Ultra foi lançado por um valor que passa da casa dos R$ 10 mil reais. Um preço exorbitante, mas que por incrível que pareça, pode ser relativizado.
Isso, pois se você estava pensando em comprar um Series 8 com case de aço inoxidável, os valores são quase que equiparados, sendo que a proposta e os recursos do Ultra são melhores.
Agora, se orçamento não é tão largo, você não se interessou tanto pelos recursos do Ultra e você não tem a possibilidade de comprar o modelo fora do país – onde mesmo com o valor atual do dólar quase tudo da Apple fica pela metade do preço, talvez seja mais vantajoso, de fato, recorrer ao Series 8 – ou quem sabe, até o Series 7 – com caixa de alumínio.
De qualquer forma, não podemos deixar de dizer que o Apple Watch Ultra é sim o relógio mais empolgante anunciado pela Maçã nos últimos anos. Esperamos, inclusive, que algumas de suas características, como o botão lateral extra e a maior autonomia, cheguem para os modelos “comuns” nas próximas gerações.
Mas e você, o que achou do novo smartwatch da Apple? Conta para a gente aqui nos comentários! Como sempre, os melhores preços para o modelo você confere nos cartões abaixo ! Eu fico por aqui, um abraço e até a próxima!
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