Nos últimos meses, as inteligências artificiais têm sido pauta recorrente nos sites de tecnologia e nas redes sociais, já que o grande público finalmente está conseguindo ter acesso à essas ferramentas e se maravilhando com o poder delas.

Além de já conseguirem criar imagens digitais com base em apenas uma descrição do usuário, algumas IA já são capazes de criar documentos, escrever roteiros, descrever receitas e até mesmo treinos de exercício físico. Como sabemos, o potencial delas para o futuro é ilimitado, e o diretor de um dos filmes mais lucrativos na história acredita que as IAs serão capazes de criar até mesmo filmes completos.

Joe Russo, conhecido como diretor de muitos dos filmes no Universo Cinematográfico Marvel, falou recentemente sobre como a tecnologia tem se aproximado cada vez mais dos criativos na questão de estabelecer novas narrativas, afirmando que as inteligências artificiais serão capazes de criar roteiros completos para os filmes em cerca de dois anos.

Não estamos em um mundo onde, você sabe, seu tio não sabe mais enviar e-mails. Estamos em um mundo onde toda a geração tem um conhecimento fácil e também não tem medo disso. Potencialmente, o que você poderia fazer com isso é, obviamente, usá-lo para projetar a narrativa e mudar a narrativa, então você tem uma história em constante evolução, seja em um jogo, filme ou programa de TV.

A ideia de uma experiência contínua e personalizada de contar histórias pode parecer legal, mas Russo imediatamente a levou a um lugar estranhamente macabro com seu exemplo.

Você pode entrar em sua casa e salvar a IA em sua plataforma de streaming. Por exemplo: 'Ei, eu quero um filme estrelando meu avatar fotorrealista e o avatar fotorrealista de Marilyn Monroe. Quero que seja uma comédia romântica porque tive um dia difícil', e então o sistema apresenta uma história muito competente com diálogos que imitam sua voz.

Na cabeça do cineasta, as IAs serão capazes de criar narrativas estrelas pelo próprio usuário, o que para alguns pode ser algo genial, mas que pode acabar gerando uma série de problemas com direitos de imagem e outros contratempos, além do fato do usuário também conseguir criar novas narrativas usando a imagem de um ator que já morreu.

Russo encerra a conversa afirmando que, de uma forma de outra precisaremos das IAs em nossas vidas, e que pessoas mal-intencionadas irão inevitavelmente usá-las para o propósito errado, cabendo a nós decidir como iremos proteger nosso futuro.

E você, concorda com as afirmações do diretor?