
Feiras e eventos 16 Jan
17 de janeiro de 2025 0
Lançado originalmente para o Wii em 2010 e adaptado para o 3DS em 2013, Donkey Kong Country Returns conquistou os jogadores com sua abordagem moderna para a clássica franquia de jogos de plataforma criados pela Rare.
Agora, em 2025, o título recebe uma nova remasterização para o Nintendo Switch com a versão Donkey Kong Country Returns HD, prometendo gráficos atualizados, gameplay refinado e uma espécie de retorno para o tão querido gorilão. Mas será que o o jogo é o suficiente para justificar o preço e, mais importante, o retorno que os fãs tanto pedem?
O TudoCelular teve a chance de analisar o jogo e iremos te responder essas e outras perguntas.
Em 2024, Astro Bot nos mostrou que um jogo de plataforma vai muito além de desafios e diversão. Mesmo trazendo uma história simples, o jogo consegue entregar um arco narrativo envolvente e emocionante, sendo um exemplo de como modernizar conceitos que funcionaram no passado e elevá-los ao nível de um vencedor do prêmio de Jogo do Ano.
Considerando o lançamento do Donkey Kong Country Returns original em 2010, devo dizer que esse é um jogo que ainda está preso em um tempo em que os plataformers focavam na jogabilidade e não na narrativa, o que faz com que ele tenha uma história extremamente simples e que não gera muito engajamento com o jogador.
Apostando em uma narrativa que serve apenas de pano de fundo para esta aventura do gorilão, a narrativa traz os momentos cômicos característicos da franquia, mas sem se aprofundar em quem são os vilões do jogo ou em dar uma motivação profunda para eles, sendo o mais básica possível.
Apesar disso, a falta de inimigos clássicos, como os Kremlings, é notável. O carisma de vilões como King K. Rool faz falta, e os Tikis, antagonistas em Donkey Kong Country Returns HD, não conseguem preencher essa lacuna de maneira significativa.
Se a parte narrativa não é um ponto forte, o coração de Donkey Kong Country Returns HD continua sendo sua jogabilidade sólida e desafiadora.
Com 80 níveis distribuídos por nove mundos, o jogo oferece uma variedade de mecânicas: desde as clássicas fases com um carrinho da mina e barris até momentos tensos com foguetes e encontros épicos com chefes.
Ao contrário dos jogos clássicos, em que os parceiros de Donkey possuíam uma certa individualidade e habilidades únicas, Donkey Kong Country Returns coloca Diddy Kong como seu único parceiro. No jogo, Diddy monta nas costas de Donkey e serve como uma espécie de mochila a jato, estendendo a duração de seu pulo, além de também adicionar vida extra ao protagonista.
O jogo te instiga à repetição e força sua curva de aprendizado, mas a frustração em algumas fases é inevitável. Mesmo trazendo o modo Modern—uma herança da versão 3DS— que oferece mais facilidade ao jogar, não é o suficiente para deixar o jogo mais amigável para quem não conhece a franquia ou jogadores mais jovens.
Uma das melhorias no modo Modern é uma redução no número de mortes necessárias para a chegada do Professor Chops no mapa, um porquinho que oferece algumas dicas e que libera o Super Guide. O Super Guide é um modo em que a máquina assume a jogatina com um Super Kong branco e passa a fase para você, sendo uma forma de ensinar ao jogador a superar os desafios da fase em questão.
Além disso, o modo Modern também aumenta o número de corações na barra de vida de Kong e Diddy, bem como adiciona mais itens de suporte na loja de Cranky Kong. Mesmo tendo entrado no jogo já com essas melhorias, devo dizer que o nível de desafio é alto, portanto, prepare-se.
Por outro lado, os controles, embora melhores que os da versão Wii (sem os incômodos movimentos de "waggle"), ainda apresentam pequenos problemas de design. A sobreposição de comandos para ações como o ground pound e o ataque rolante pode gerar acidentes, especialmente em trechos mais frenéticos.
A depender do seu nível de habilidade, o jogo pode ser zerado em cerca de 6 horas, no entanto, o título conta com muitos coletáveis, como as peças de quebra-cabeça e letras KONG escondidas. A possibilidade de desbloquear o Golden Temple ao coletar todas as letras adiciona uma camada de motivação extra, mas o esforço pode ser frustrante para jogadores casuais.
O modo cooperativo local continua presente, mas é uma adição que divide opiniões. A necessidade de coordenação extrema em fases caóticas pode transformar a diversão em frustração, especialmente quando ambas as vidas dos jogadores são perdidas simultaneamente.
O principal atrativo de Donkey Kong Country Returns HD é, sem dúvida, sua atualização gráfica. O jogo abandona as limitações do Wii, trazendo visuais mais nítidos e detalhados que realmente brilham na tela do Switch, seja em modo portátil ou conectado à base de carregamento.
Cenários icônicos como Sunset Shore, com seu estilo visual sombreado, ganham vida em alta definição, enquanto animações de fundo, como animais e elementos interativos, contribuem para uma atmosfera vibrante.
Entretanto, mesmo com a melhoria visual, é evidente que estamos lidando com um título originalmente projetado para hardware mais antigo. Alguns detalhes, especialmente em texturas e efeitos, denunciam as raízes do Wii. Ainda assim, o jogo mantém uma taxa de quadros estável em 60FPS, garantindo uma experiência fluida.
Ao contrário de lançamentos recentes da Nintendo no Brasil, o título não conta com a localização em português, o que é mais um fator que pode afastar novos jogadores, principalmente as crianças.
A trilha sonora de Kenji Yamamoto presta uma bela homenagem aos clássicos da franquia, com remixes de faixas como DK Island Swing e Aquatic Ambiance. Apesar da ausência de David Wise, compositor original da franquia, as músicas conseguem capturar a essência nostálgica que os fãs esperam, ao mesmo tempo em que introduzem arranjos mais modernos.
As músicas embalam muito bem as fases e ajudam a aumentar a tensão de alguns momentos. Quando combinadas com alguns efeitos sonoros, elas podem acabar sendo extremamente irritantes, principalmente em momentos onde você já morreu mais de 15 vezes, mas isso faz parte da experiência do jogo.
Nesta reta final do Nintendo Switch, antes da chegada de seu sucessor, a Nintendo tem apostado em jogos menores e, principalmente, em remasterizações ou remakes, como é o caso de Mario vs. Donkey Kong e Paper Mario: The Thousand-Year Door.
Ainda que Donkey Kong Country Returns HD seja um ótimo jogo, ele também acaba sendo um problema para os fãs do gorilão, que não ganha um jogo inédito desde 2014. No Switch, Donkey Kong teve que se limitar às suas aparições em Mario Kart 8 Deluxe e Super Smash Bros. Ultimate, assim como nas remasterizações de Mario vs. Donkey Kong e Donkey Kong Country: Tropical Freeze.
Depois do sucesso da aparição do personagem no filme dos Super Mario Bros., muitos esperavam que ele finalmente ganhasse uma aventura inédita, mas não foi esse o caso. Nesse momento, parece mais que a Nintendo não sabe o que fazer com a franquia ou para onde levar o personagem, ainda que ele tenha sido avistado na primeira prévia do vindouro Mario Kart 9, que deve ser um dos títulos de lançamento no Switch 2.
Outro fator a ser apontado é que ele está sendo vendido por R$ 299,00 na eShop, preço de um lançamento inédito. Considerando que ele não inclui conteúdos inéditos para quem já o jogou anteriormente, que é um remaster de um jogo de 2010 e que não possui nem mesmo localização para português do Brasil, isso pode ser uma questão decisiva na hora da compra.
A narrativa é extremamente simples e serve apenas como pano de fundo, sem engajamento ou profundidade nos vilões. A ausência de inimigos clássicos e carismáticos como os Kremlings também pesa contra.
A jogabilidade é o ponto forte do jogo, com mecânicas sólidas e desafiadoras, além de uma boa variedade de níveis. No entanto, pequenos problemas nos controles e a dificuldade elevada podem frustrar jogadores menos experientes.
A atualização gráfica é nítida e detalhada, com cenários vibrantes e uma taxa de quadros estável. Contudo, alguns elementos ainda denunciam as raízes do Wii, e os visuais não surpreendem tanto quanto jogos recentes do Switch.
A trilha sonora presta uma ótima homenagem às músicas clássicas da série, com remixes nostálgicos e modernos. Apesar disso, a ausência de David Wise é perceptível para fãs mais atentos.
Os gráficos e a trilha sonora ajudam a criar uma atmosfera nostálgica, mas a falta de uma narrativa cativante e a ausência de localização em português prejudicam a experiência para novos jogadores, especialmente crianças.
O jogo se destaca na jogabilidade e no apelo visual atualizado, mas sofre com a simplicidade narrativa, problemas nos controles e uma dificuldade que pode afastar parte do público. A ausência de localização e o preço elevado também são fatores que impactam a imersão geral.
*O TudoCelular agradece a Nintendo por ter nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários