03 Janeiro 2018
Recentemente a DJI, uma das maiores fabricantes de drones do mundo, se envolveu em uma polêmica com o exército norte-americano. Aparentemente, o exército não estava mais confiante em utilizar os equipamentos da empresa em suas missões com receio de uma vulnerabilidade cibernética. Os drones da DJI poderiam estar armazenando dados sobre os voos, posicionamento dos equipamentos e dos controladores e até mesmo gravando fotos e vídeos dos locais monitorados.
Em caso de uma invasão dos servidores da empresa, isso representa um risco enorme para as tropas, já que terroristas poderiam, por exemplo, saber o quê o exército estava monitorando e até mesmo saber a localização exata das unidades. A partir daí, para planejar e executar uma emboscada é só uma questão de dias.
Visando solucionar esse importante problema, a DJI anunciou nesta semana que está implementando em seus drones um modo de operação offline. Desta forma, nenhuma informação sobre os voos serão armazenadas nos servidores da companhia. Veja um trecho do comunicado da DJI à imprensa:
A DJI, líder mundial em drones civis e tecnologia de imagens aéreas, está desenvolvendo um novo modo de dados locais que impede o tráfego de internet de e para seus aplicativos de controle de voo a fim de fornecer garantias aprimoradas de privacidade de dados para clientes corporativos e empresariais.
A empresa ainda afirma fortemente que esta decisão não está relacionada com a posição do exército americano em restringir o uso de drones da DJI em suas missões. Segundo ela, esta foi uma decisão tomada a partir da demanda popular, bem como de alguns clientes corporativos que precisam desse tipo de privacidade e, também, que o recurso já está sendo desenvolvido há meses.
Independente dos motivos, o fato é que a partir das próximas semanas, os drones da DJI ficarão mais seguros e imunes à vazamentos ou invasões cibernéticas.
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