A Xiaomi anunciou no inicio do ano o aguardado lançamento global de seus novos celulares intermediários. O Redmi Note 13, Redmi Note 13 Pro e Redmi Note 13 Pro Plus. Temos em mãos agora a variante 13 Pro 4G para testes.

Ele traz tela AMOLED de 6,67 polegadas com resolução 1,5K e 120 Hz, plataforma MediaTek Helio G99 Ultra, 8 GB ou 12 GB de RAM LPDDR4X, 256 GB ou 512 GB de armazenamento interno UFS 2.2, câmera frontal de 16 MP, três câmeras traseiras (200 MP / 8 MP / 2 MP), conexão Wi-Fi, Bluetooth 5.2, NFC, som estéreo com Dolby Atmos e USB-C, bateria de 5.000 mAh com carregamento rápido de 67 W e Android 13 com MIUI 14.

Nosso teste de bateria oficial é executado com vários apps, jogos e serviços populares em ciclos cronometrados até que a bateria esgote completamente, sendo dado um tempo de standby entre os ciclos para acompanhar o consumo em segundo plano. Brilho da tela e configurações de redes são padronizados para que possamos traçar um paralelo entre todos os modelos que passaram por nossas bancadas.

Os apps presentes nos ciclos, e seus determinados tempos de execução por ciclo, são:

• 6 minutos de uso (cada) — WhatsApp, YouTube, MX Player (vídeo offline), Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
• 1 minuto (cada) — Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
• 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
• 2 minutos de uso (cada) — Facebook, Gmail e GMaps

Após nossos testes, chegamos aos seguintes resultados com o Redmi Note 13 Pro 4G:

• Foram necessárias 24 horas e 28 minutos para esgotar a bateria do dispositivo;
• A tela permaneceu ligada por 11 horas e 51 minutos.
• Realizamos 18 ciclos completos de testes que incluíram:
  • 108 minutos de navegação no Chrome;
  • 540 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (108 minutos cada);
  • 108 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
  • 108 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (36 minutos cada);
  • 72 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
• O app que mais consumiu foi o YouTube.

O Redmi Note 13 Pro 4G é um produto meio sem sentido quando olhamos para seu conjunto e preço cobrado, trazendo uma câmera principal de 200 MP e tela 1,5K a 120 Hz junto a um chipset Helio G99 Ultra da MediaTek, que nada mais é que uma versão customizada da plataforma lançada em meados de 2022, que sequer traz suporte a redes 5G. Pois bem, esse hardware desequilibrado cobra seu preço, que vai além dos cerca de R$ 1,8 mil cobrados atualmente pelo celular em varejistas do Brasil.

Com 24 horas e 28 minutos de tempo total em nosso teste prático de simulação de uso real, dos quais 11 horas e 51 minutos foram de tela ativa, o Redmi Note 12 Pro 4G piorou em mais de 3 horas o tempo de seu antecessor Redmi Note 12 Pro 4G, que já não conseguia se destacar na categoria frente a rivais lançados ano passado.

Talvez o ponto mais crítico é que sequer existem outros modelos 4G em uma faixa de preço similar à do modelo da Redmi, e por isso todos os rivais possuem chips mais modernos e eficientes — e com suporte ao 5G. Por mais que suas mais de 24 horas de tempo total em nosso teste indiquem que ele conseguirá aguentar ao menos um dia inteiro de uso mais intenso sem problemas, existem opções bem melhores no mercado nacional, como Galaxy M54, Moto G84, POCO X5, POCO X6, realme 11 5G...