Economia e mercado 09 Mai
Atualização (10/05/2024) - FM
A Apple pediu desculpas após seu polêmico vídeo de divulgação do iPad Pro sofrer uma onda de críticas no X (Twitter). Em nota enviada na quinta-feira (09) ao AdAge, um porta-voz afirma que a empresa falhou ao emitir a mensagem desejada com o comercial. O material ainda pode ser encontrado nas plataformas oficiais da marca, incluindo o YouTube.
O comercial gerou repercussão negativa por destruir objetos que “representam a criatividade humana”, segundo os críticos. No vídeo, itens como instrumentos musicais, câmeras e latas de tinta são esmagados por uma prensa hidráulica industrial, “transformando-os” no iPad Pro. “Falhamos, e sentimos muito”, diz a nota da empresa.
Em resposta ao vídeo publicado pelo CEO da Apple, Tim Cook, nas redes sociais, diversas personalidades do ramo artístico e criativo proferiram críticas à forma em que o comercial tenta ressaltar as capacidades do iPad Pro — incluindo o ator Hugh Grant, que descreveu o material como “a destruição da experiência humana por cortesia do Vale do Silício”.
Tor Myhren, vice-presidente de comunicações de marketing da Apple, disse:
A criatividade está em nosso DNA na Apple, e é incrivelmente importante para nós projetar produtos que capacitem pessoas criativas em todo o mundo. Nosso objetivo é sempre celebrar a miríade de maneiras como os usuários se expressam e dão vida às suas ideias por meio do iPad. Perdemos o alvo com este vídeo e lamentamos.
A Apple deve deixar de exibir o comercial do iPad Pro na TV, segundo o AdAge. No momento, hão há informações sobre possíveis novas estratégias para promover o novo tablet da Apple, que trouxe algumas das mudanças mais significativas desde seu lançamento, incluindo uma tela OLED e o novo processador M4 com CPU de até 10 núcleos.
Texto original (09/05/2024)
Um dos maiores lançamentos da Apple para 2024 é a nova geração do iPad Pro, que trouxe grandes avanços em comparação com o modelo anterior — incluindo, pela primeira vez na linha, uma tela OLED e o novo processador M4 com até 10 núcleos. Para destacar as capacidades do tablet, a fabricante divulgou um novo comercial na terça-feira (07).
No entanto, o material de divulgação não teve uma recepção positiva. Chamado de “Crush!” (“esmagar”, em tradução literal), o comercial exibe vários objetos — com destaque para itens de arte, como um piano, um metrônomo, uma escultura, livros, câmeras fotográficas, latas de tinta, entre outros — sendo esmagados por uma prensa hidráulica.
Após o cenário de destruição em câmera lenta, a prensa hidráulica sobe e revela o iPad Pro. A mensagem do comercial é simples: atualmente, é possível criar, reproduzir e consumir arte, jogar, estudar e realizar todas as funções dos objetos antigos em um dispositivo tão compacto quando o novo tablet da Apple, que é o modelo mais fino já lançado pela marca.
O comercial sofreu reação de diversos nomes da sétima arte, incluindo o premiado ator britânico Hugh Grant. “A destruição da experiência humana por cortesia do Vale do Silício”, descreve ele em uma publicação de resposta a Tim Cook, CEO da Apple, no X (Twitter).
Asif Kapadia, cineasta britânico, também comentou sobre o comercial do novo produto da Apple. “É a metáfora mais honesta do que as empresas de tecnologia fazem com as artes, com artistas, músicos, criadores, escritores, cineastas: aperte-os, use-os, não pague bem, pegue tudo e diga que tudo foi criado por eles”, disse o artista.
“Sinceramente, o que há de errado com você?”, disparou a cineasta e atriz Justine Bateman, que também atua no conselho do sindicato estadunidense SAG-AFTRA, que representa milhares de atores de cinema e televisão, jornalistas e outros profissionais da mídia, na questão do uso de inteligência artificial no ramo.
“O simbolismo de esmagar indiscriminadamente belas ferramentas criativas é uma escolha interessante”, disse Kiaran Ritchie, programador de animação da Epic Games — empresa que possui um longo histórico de embates judiciais com a Apple.
A Apple não comentou publicamente sobre o assunto.
O iPad Pro está disponível em pré-venda na loja oficial da Apple custando a partir de R$ 12.299 pela versão de 11 polegadas e R$ 15.899 pela versão de 13 polegadas. O tablet é equipado com uma tela de OLED com taxa de atualização variável de 1 Hz até 120 Hz, câmera de 12 MP, Face ID e processador M4 com opções de 9 ou 10 núcleos.
- O Apple iPad Pro 13 2024 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
- O Apple iPad Pro 11 2024 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
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