A Netflix admitiu, em abril, que estava aberta à ideia de oferecer aos usuários a possibilidade de baixar filmes e séries do serviço para assistir offline posteriormente. Pouco mais de dois meses se passaram desde então, e fontes internas da indústria contaram ao site Light Reading que a empresa não só está cogitando a ideia como já está desenvolvendo uma ferramenta para isto. E mais: o recurso pode ir ao ar ainda em 2016!

Soubemos por nossas fontes dentro da indústria que a Netflix vai lançar este produto [vídeos offline]. Minha expectativa é que até o final do ano a Netflix vai lançar o download-to-go como opção para seus consumidores", declarou o diretor de operações da Penthera, Daniel Taiz.

Com o recurso, seria possível baixar o conteúdo para um dispositivo de armazenamento para assistir posteriormente, durante uma viagem de avião, por exemplo. Não está claro como a ferramenta vai funcionar, mas é possível que a empresa esteja estudando uma forma de evitar que os vídeos sejam compartilhados por meio de pirataria. É possível, ainda, que apenas o conteúdo exclusivo seja liberado para a visualização offline.

A informação de Taitz foi confirmada pelo analista chefe da Frost & Sullivan Dan Rayburn, que disse estar ouvindo "há alguns meses" que a Netflix vai adicionar esta opção. Já a empresa recusou-se a comentar, dizendo, por meio de sua representante, Anne Marie Squeo, que não poderia confirmar e nem negar.

Enquanto nosso foco segue em entregar uma ótima experiência em streaming, estamos sempre explorando meios de melhorar nosso serviço. Não temos nada a adicionar neste momento.

Serviços concorrentes à Netflix, como a Amazon e a Comcast, já oferecem ou trabalham em uma maneira de oferecer a visualização offline de algumas opções do conteúdo do catálogo. Taitz acredita que este seria um recurso importante para o avanço dos serviços de streaming. "Acho que o download é algo que está emergindo para o consciente dos consumidores. Eles sabem sobre os downloads porque, antes do streaming, era assim que as pessoas assistiam filmes e vídeos do iTunes", analisou ele, cuja empresa desenvolve justamente tecnologia para baixar arquivos na internet.