Com o Bluetooth já tendo sido oficializado, é apenas uma questão de tempo até que novos aparelhos com o novo padrão sem fio cheguem ao mercado, e na melhor das hipóteses, isso pode ocorrer até o final desse ano.

A nova versão representa uma evolução gigantesca do padrão utilizado atualmente, o Bluetooth 4.2, e um dos grandes diferenciais ficará por conta do aumento no alcance e velocidade de transferência de dados.

O Bluetooth 5 terá um alcance de 120 até 400 metros, o que representa quatro vezes mais do que a área coberta pela tecnologia atual, com velocidades de transferência chegando até 2Mbps.

As mudanças abraçam visivelmente uma nova geração de dispositivos que vai muito além de tablets, PCs, fones de ouvido, caixas de som e smartphones, afinal de contas, hoje temos dispositivos inteligentes (IoT), drones, robôs, e até mesmo, automóveis que confiam-se no uso cotidiano desse tipo de tecnologia.

Além do aumento no alcance e taxa de transferência de dados, o novo padrão também traz uma redução perceptível na perda de pacotes e ainda mais correções de erros, o que fará com que ele possa ser utilizado, inclusive, para instalar firmwares em alguns dispositivos como, por exemplo, os utilizados em hospitais, aqueles criados para ficarem dentro do corpo humano, carros e medidores inteligentes.

A conexão simultânea múltipla com vários dispositivos também deverá ampliar consideravelmente as possibilidades de uso no IoT, ainda mais quando levamos em consideração que dados mais complexos como, por exemplo, localizações, URLs e arquivos multimídia poderão ser espelhados de uma forma mais fiel.

Na pior das hipóteses, só poderemos colocar as mãos nos primeiros gadgets com Bluetooth 5 no começo do próximo ano, mas quando levamos em conta que estamos apenas a cerca de 90 dias disso, a espera não deverá ser tão grande.

O melhor de tudo é que alguns aparelhos recentes que trazem tecnologia Bluetooth 4.2 e Bluetooth LE (Low Energy) poderão ser compatíveis com o novo padrão através de uma simples atualização de firmware; no caso dos mais antigos, novos chips como, por exemplo, o "CC2640" da Texas Instruments, deverão chegar ao mercado para substitui-los.