Android 29 Nov
Os leitores do TudoCelular já conhecem bem a fragmentação do Android. Cada nova versão do sistema demora mais de um ano para se tornar majoritária entre os dispositivos que rodam o sistema do Google.
Lançado em outubro de 2015, o Android 6 Marshmallow até hoje não assumiu a liderança, estando ainda atrás do 5 Lollipop por alguns pontos percentuais: 29,6% contra 33,4% (somando as versões 5.0 e 5.1), respectivamente. Isso de acordo com números do próprio Google.
Existem vários motivos para defender o quanto essa fragmentação e falta de atualização é prejudicial, que envolvem segurança e compatibilidade com apps mais atuais. Mas também pode haver um problema de comunicação entre usuários de diferentes versões de uma mesma plataforma.
A Unicode lançou no ano passado os novos emojis, um total de 72 novos desenhos que podem ser utilizados para apoiar o texto na hora de se comunicar pela internet. O Google foi pioneiro ao incluir todos no Android 7.0 Nougat lançado em agosto, à frente do iOS que a Apple só liberou em setembro.
Porém, como nota a Emojipedia, não adianta muita coisa você ter os mais novos emojis se seus interlocutores também não os possuem em seus dispositivos. Ao enviar o novo shrug, por exemplo, ao lado de um selfie e um rolando no chão de rir, o destinatário da mensagem pode acabar vendo apenas algo assim:
Novos emojis são incluídos em atualizações de sistema para iOS e Android, pois são fornecidos em um nível de código do SO. Esse sistema deveria funcionar bem, mas a desvantagem é confiar nas fabricantes para oferecer atualizações em tempo hábil.
De acordo com o website, apenas 4% dos visitantes usuários de Android utilizam a versão mais recente do sistema (mais do que o próprio Google contabiliza). Já o iOS 10 é utilizado por 84% dos visitantes de iPhone e iPad.
Lembrando que o Android 7.0 Nougat chegou em agosto e observando os lançamentos da IFA 2016, realizada em setembro, é possível perceber o ponto fraco do Android. Na feira de Berlim, os smartphones Androd ainda estavam saindo de fábrica com o Marshmallow.
No final do ano, começaram a sair os primeiros aparelhos com Android Nougat de fábrica, mas ainda hoje são anunciados dispositivos com o Marshmallow pré-instalado – como o Zenfone 3 Zoom, por exemplo.
Ou seja, o problema da fragmentação vai além dos dispositivos que as fabricantes lançam e, depois de pouco tempo, abandonam em termos de atualização de software.
E deixam na mão usuários tanto no quesito segurança quanto na hora de se comunicar com amigos e parentes.
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