A Nokia acaba de divulgar os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2017, com boas notícias. Apesar de ter uma leve queda nos lucros antes de juros e impostos (EBIT), a companhia teve mais ganhos do que os analistas esperavam, somando 341 milhões de euros, contra 334 milhões de euros na previsão dos especialistas.

Os negócios em rede trouxeram a maior parte dos lucros, responsável por 39,5%. No geral, a companhia teve aumento de 40,8% nas receitas, além de incluir, pela primeira vez, ganhos com os royalties da marca, pela venda do Nokia 6 pela HMD na China.

Ou seja, é de se esperar que as receitas ainda aumentem um pouco mais conforme a fabricante responsável pela licença do nome Nokia lance seus smartphones em outros países, o que deve ocorrer, no máximo, até junho. Por enquanto, os resultados do licenciamento não são significativos.

Os relativamente bons resultados deixaram o CEO da companhia, Rajeev Suri, otimista para o futuro, mas sem esquecer que ainda há obstáculos e desafios a serem superados.

No geral, considerando a performance da Nokia no primeiro trimestre, estou otimista para o ano que temos pela frente, mesmo que com cautela. Nossa posição competitiva é forte, estamos executando bem, e, como resultado, podemos manter o rumo para o ano de 2017.

Para o restante de 2017, a Nokia espera mais queda nas vendas de negócios de redes, mas espera operar com margem de 8-10% de lucros no resultado do ano completo.

É bom lembrar que a empresa não é mais responsável pelos smartphones com sua marca no mercado, ficando apenas com uma porcentagem das vendas em royalties. Os negócios da Nokia em si atualmente são redes, como o 4.5G, tecnologia que ela fornece a mais de 140 clientes. A companhia oferece serviços e equipamentos nessa área.

A companhia, por exemplo, está envolvida com a Disney em um projeto de experiência em realidade virtual para Star Wars.