
Android 17 Nov
22 de novembro de 2017 48
Ainda é cedo para afirmar categoricamente que a proporção 18:9 chegou para ficar nos smartphones. Sim, hoje praticamente toda grande fabricante adota esse formato de tela em seus flagships, e já tem alguns intermediários com esse aspecto. E provavelmente no ano que vem teremos ainda mais deles.
Então, descartando a possibilidade de que o 18:9 será abandonado da noite para o dia, e imaginando que cada vez mais smartphones vão adotar esse formato de tela, é hora de nos perguntarmos: quais são as vantagens dessas telas que trazem um lado que tem o dobro do tamanho do outro?
Em primeiro lugar, se você ainda não entendeu muito bem a diferença, vamos lá. As telas convencionais de 16:9, formato que é possivelmente o da sua televisão e do monitor do seu computador – se você tiver esses dispositivos – são medidas na diagonal.
Ou seja, as 5,5 polegadas de um smartphone representam o tamanho do lado superior esquerdo até o inferior direito (ou superior direito para o inferior esquerdo, que seja) da tela. Se você medir o tamanho da largura e altura, vai encontrar algo como 4,79” e 2,69”.
As telas de 18:9 continuam sendo medidas dessa maneira. Mas os tamanhos encontrados na mesma medida acima seriam de 4,92” e 2,45”. Ou seja, o lado maior é praticamente o dobro do menor. Isso traz, ao menos, uma desvantagem: a área da tela fica um pouco menor. Mas vamos ver os pontos positivos.
Um smartphone com tela 18:9 é muito mais confortável de usar do que um 16:9. É mais fácil segurar na mão, e como as empresas estão aproveitando melhor a parte frontal para deixar praticamente só tela, os displays vão aumentar de tamanho (de novo). Mas sem aumentar o desconforto para segurar com uma só mão.
Segurando o dispositivo “de pé”, ele fica mais fino e mais alto. É mais difícil chegar ao topo da tela para puxar as notificações, por exemplo, mas ainda é possível com uma mão só. E há outras soluções, como a Samsung, que permite que você puxe as notificações de qualquer ponto do display na tela inicial.
Em resumo, os dispositivos vão trazer telas maiores, mas serão mais compactos. Muito mais confortáveis de usar. Sua mão não fica doendo no final do dia – confie em quem está com um 18,5:9 já há alguns meses.
O multitarefas é possível em telas de 16:9, mas fica muito mais confortável em um 18:9, quando a tela é pequena. Basicamente, você tem metade do display para cada app. Ficam dois quadrados na tela, cada um mostrando uma aplicação diferente. Dá para usar igualmente no modo paisagem ou retrato.
Apesar de a área de tela ser menor, cabe mais conteúdo dentro do dispositivo. Um smartphone de 5,5 polegadas tem resolução 1080 x 1920 pixels no 16:9, e 1080 x 2160 pixels no 18:9. Sem prejuízo à qualidade da exibição de conteúdo.
É mais espaço para texto com uma imagem. As postagens das redes sociais ocupam melhor o espaço, e você vê muito mais coisa de uma só vez na tela. Dá para ler textos maiores sem precisar deslizar a tela o tempo todo. E cabe mais conteúdo quando o teclado está na tela, melhor para quem escreve.
E, claro, também é mais espaço para desenhar, ilustrar, colorir. Artistas de todo tipo vão se beneficiar de uma tela mais espaçosa e mais portátil.
Aqui, dá para aproveitar o que já mencionamos acima. Com mais espaço para o conteúdo, o consumo desse conteúdo é bem melhor. Mais texto para ler já na tela. Mais espaço para dividir texto e imagem. Mais espaço para o conteúdo da linha do tempo em sua rede social favorita.
Mas aqui entra mais uma desvantagem. Os vídeos ainda não conseguem aproveitar essa nova proporção. A maior parte do conteúdo em vídeo existente hoje, na internet ou na televisão, é 16:9. A Netflix e a Amazon já produzem séries e filmes em 18:9, mas ainda é pouca coisa.
E aí, ao assistir um vídeo em tela cheia, você tem duas opções: letter-box ou cortar uma parte do vídeo para encaixar na tela, ocupando borda a borda. No letter-box, fica um espaço preto de cada lado do vídeo. Na outra opção, você perde conteúdo.
A tendência da indústria é produzir conteúdo em 18:9, tanto que Netflix e Amazon já adotam essa proporção em algumas de suas produções. Mas isso ainda é novo. As câmeras DSLR e de smartphones só trazem opções de gravação em 16:9 ou 4:3, basicamente.
Ou seja, o conteúdo que não é produzido por grandes produtores ainda será em 16:9 por um bom tempo. E a gente vai ter que aprender a conviver com as barras pretas em nossos telefones ao consumir vídeos. Ou perder parte do conteúdo.
Enfim, as vantagens ainda são maiores que as desvantagens. E, convenhamos, não é o fim do mundo ter a faixa preta nos lados do vídeo. Elas ficam invisíveis em telas de boa qualidade, especialmente se a frente do smartphone for preta.
Mas eu gostaria de jogar para você, caro leitor. O que você acha do novo padrão 18:9 que pinta na indústria de smartphones? Acha que é uma tendência irreversível ou acredita ainda que algo pode reverter essa mudança? Conta pra gente aí no campo de comentários.
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