A Xiaomi sempre usou a sua linha POCO para oferecer celulares com o melhor custo-benefício possível. E não é diferente com os modelos X3 GT e X3 Pro. Mas, se a gente comparar esses dois smartphones, qual deles leva a melhor? O TudoCelular vai te contar a resposta agora.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

POCO X3 GT

A série POCO não muda no acabamento destes dois smartphones. Eles trazem corpo em plástico tanto na traseira como nas laterais. O GT conta com pintura metálica que aparenta ser mais premium na comparação com a lisa do Pro. O bloco de câmeras do aparelho recente também tem design moderno, enquanto o antigo contém layout dominó reaproveitado da versão NFC.

O POCO X3 GT é um pouco mais fino e leve que o X3 Pro, mas não tem slot para cartão de memória, algo que o antecessor possui em sua gaveta híbrida de chips. Na frente, o notch em forma de furo na tela foi a opção dos dois.

POCO X3 Pro

Eles ainda se assemelham na presença de um leitor biométrico integrado ao botão de energia, sem contar a presença da certificação IP53, para proteger contra poeira e respingos de água.

Com mais avanços que regressos, o primeiro ponto vai para o GT.

Tela

Em tela, encontramos configurações bem similares. A dupla vem equipada com painel IPS LCD na faixa de 6,6 polegadas, com resolução Full HD+. O brilho é satisfatório para o material, mas não chega ao nível de um AMOLED. Pelo menos, o contraste deles não decepciona.

Ambos oferecem taxa de atualização de 120 Hz, que permite uma fluidez grande para as animações do sistema e os jogos. Como critérios de desempate aqui, estão o aproveitamento frontal ligeiramente superior do GT, que também entrega Gorilla Glass Victus, mais resistente que a sexta geração presente no Pro.

O mais novo pontua outra vez.

Som

A Xiaomi mostrou uma grande preocupação com o áudio nestes dois dispositivos e acrescentou um sistema estéreo em ambos. O X3 GT se diferencia por contar com três alto-falantes e assinatura da JBL, contra dois do X3 Pro. O problema é que a potência do modelo recente não chega no nível do antecessor.

O equilíbrio deles é satisfatório, mas não perfeito. O GT ainda carece de médios, enquanto o Pro tem graves abaixo das demais frequências. Para completar, o celular novo ainda dispensou o conector físico para fones de ouvido.

O ponto aqui fica com o POCO X3 Pro.

Sistema

Os dois smartphones POCO saem da caixa com o Android 11 nativo, sob a interface MIUI e o POCO Launcher padrão. Eles não decepcionam em fluidez, principalmente pela tela com grande taxa de atualização. O que diferencia o GT do Pro é o suporte à tecnologia 5G, que traz uma rede móvel mais veloz neste dispositivo.

Em recursos, os destaques aqui são as opções de customização, organização de aplicativos por categorias e os atalhos para abrir programas. Aqui também há suporte ao modo escuro, para não forçar tanto a visão. Pena que as atualizações não são o forte da Xiaomi.

Pela internet de quinta geração, o POCO mais recente anota o ponto.

Encontramos de um lado o Dimensity 1100 no X3 GT; e do outro o Snapdragon 860 do X3 Pro. Na briga entre MediaTek e Qualcomm, qual deles leva a melhor em desempenho? Segundo os nossos testes de velocidade, o modelo mais recente é superior, com praticamente 40 segundos de vantagem. O antecessor pecou em multitarefas, por não conseguir segurar todos os apps em segundo plano.

Nos benchmarks, os números maiores também ficam a favor do POCO GT, que venceu com boa distância no AnTuTu e de forma apertada no Geekbench. Já nos jogos, a dupla teve rendimento excelente em todos os títulos que testamos e explora bem o suporte a 120 fps.

Outro ponto para o GT.

O POCO antigo vem com um pouco a mais de capacidade de bateria que o seu sucessor. Será que essa diferença se traduz em uma maior autonomia? Pelos resultados dos nossos testes padronizados, não foi bem assim. O GT conseguiu registrar quatro horas a mais de duração que o Pro no total, com um dia completo longe da tomada.

O aparelho recente ainda precisou de menos tempo de carregamento para chegar nos 100%. Com o seu adaptador de 67 W, deu para completar o processo em apenas 40 minutos. Já o X3 Pro precisa de quase uma hora para encher a bateria com o carregador de 33 W.

O X3 GT amplia a vantagem.

Temos por aqui um conjunto quádruplo do Pro contra um triplo do GT. Mas este conta com um sensor principal com 64 MP, superior ao de 48 MP do antecessor. No geral, você terá fotos com cores próximas da realidade e pós-processamento menos agressivo nos dois. Em locais escuros, o modo noturno do POCO mais novo funciona melhor para capturar imagens mais claras.

Já na ultrawide, o X3 Pro supera o sucessor por acertar nas cores e ter um bom nível de detalhes. A macro deles decepciona pela resolução baixa e falta de foco automático. Por último, apenas o Pro tem lente de desfoque, que faz bem o trabalho. Porém, o X3 GT consegue um modo retrato eficiente sem precisar de um sensor dedicado.

O conjunto recente mostrou uma evolução em relação ao passado. Então, é ponto para o GT.

Fotos tiradas com o POCO X3 GT

Ambos os smartphones gravam vídeos com resolução 4K, só que limitados a 30 fps. Há neles também a estabilização eletrônica, que lida melhor com os tremidos no modelo Pro. A agilidade do foco não é um problema neles. Já a captura de áudio estéreo reduz mais os ruídos de vento no GT.

Os dispositivos da Xiaomi empatam neste quesito.

Fotos tiradas com o POCO X3 Pro

Com a câmera frontal, encontramos uma qualidade melhor em contraste e cores no X3 Pro. O X3 GT até tira boas fotos e apresenta menos falhas no modo retrato, mas o processo de comprimir quatro pixels em um e fazer um upscaling depois compromete a nitidez. As selfies noturnas sofrem com granulação dos dois lados, enquanto os vídeos de frente não passam de Full HD a 30 fps.

O POCO mais antigo volta a marcar.

Da dupla, a Xiaomi lançou de maneira oficial apenas o X3 Pro no Brasil. Ele chegou por R$ 4 mil no preço sugerido, porém no mercado atual pode ser encontrado na faixa de R$ 1.600. Já o X3 GT está disponível somente por importadores, a um custo de R$ 2 mil. A diferença é significativa no bolso do consumidor, ainda mais no cenário econômico atual do país.

Por isso, o modelo Pro fecha o Comparativo com o último ponto.

Com um placar tranquilo, o POCO X3 GT venceu o confronto contra seu antecessor e mostrou que a chinesa trouxe mais evoluções que regressos na linha neste celular. O avanço foi maior no desempenho para segurar apps em segundo plano, na bateria com autonomia superior e carregamento mais rápido, sem contar as câmeras traseiras que tiram fotos melhores no geral.

Mas o X3 Pro ainda mostrou ser uma alternativa melhor quando falamos em um som de alta qualidade e selfies mais nítidas. Fora que ele é encontrado a um valor menor no mercado brasileiro, o que agride menos o bolso do consumidor.

RESULTADO

POCO X3 GT: 7 PONTOS

• Melhor design
• Melhor tela
• Melhor software
• Melhor desempenho
• Melhor bateria
• Melhor câmera traseira
• Empate em vídeos

POCO X3 Pro: 4 PONTOS

• Melhor em som
• Empate em vídeos
• Melhor selfie
• Melhor custo-benefício

O que achou deste embate? Para você, houve muita evolução do X3 Pro para o GT? Participe conosco!