Android 19 Mai
Crianças podem encontrar muitos benefícios com o uso da internet, mas é importante a preocupação com os conteúdos que elas consomem. Nenhum pai ou mãe quer que seus filhos pequenos tenham que lidar com conteúdos como falsos vídeos da Peppa ou outras marcas infantis famosas.
Tais vídeos começam de modo bastante similar aos originais, mas acabam de um jeito nada convencional, muito menos indicado às crianças mais pequenas.
Infelizmente, é cada vez mais difícil policiar todos os vários serviços e aplicativos que os filhos usam, incluindo o YouTube. Um novo estudo realizado por pesquisadores dos EUA, Reino Unido e Brasil analisou vídeos da plataforma de streaming do Google, em todas as três regiões
Foram coletados dados de 12.848 vídeos de 17 canais nos EUA e no Reino Unido, além de 24 canais do Brasil. Os canais em língua inglesa foram vistos mais de 37 bilhões de vezes. A equipe também analisou mais de 14 milhões de comentários de usuários dos vídeos.
Eles descobriram que as crianças estão cada vez mais expostas a vídeos que contêm imagens publicitárias e perturbadoras que são indistinguíveis da programação normal para crianças. O estudo também descobriu que crianças abaixo da idade "permitida" ao redor do mundo estão acessando o YouTube, muitas através das contas de seus pais.
Os autores do estudo concluíram que os requisitos de idade do Google para a plataforma não são seguidos. O YouTube restringe uso aos 13 anos ou maiores nos EUA, 14 anos ou mais na Espanha e na Coréia do Sul e 16 ou mais nos Países Baixos. No Brasil, conteúdos são restritos para maiores de 18 anos.
De acordo com a pesquisa, crianças menores que essas idades estão usando o YouTube. Com isso, as crianças acabam expostas a anúncios que não são dirigidos a este público.
Um porta-voz do Google respondeu sobre essa questão ao Engadget, dizendo que "para que o YouTube esteja disponível de forma gratuita e acessível a todos, e também para garantir que os criadores sejam pagos pelo seu conteúdo, mostramos anúncios". Acrescentou que crianças abaixo dos 13 anos devem usar o YouTube Kids, que elimina "certas categorias de anúncios".
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