28 Fevereiro 2019
A imagem que a Apple construiu para o público é muito bonita: uma empresa que preza pela privacidade de seus usuários, cujo código de ética jamais lhe permitiria criar um backdoor que reduzisse o grau de segurança de seus produtos. A marca chegou a bater de frente com o FBI, se recusando a colaborar com o órgão (que queria, a todo custo, desbloquear o iPhone 5c usado pelo terrorista de San Bernardino).
Infelizmente, tudo indica que a realidade é bem diferente. De acordo com uma matéria exclusiva publicada recentemente pela revista Forbes, a Maçã não apenas colabora com as autoridades norte-americanas, como também oferece uma espécie de "treino" que os auxilia a coletar dados de iPhones, iPads, computadores com macOS e até mesmo contas do iCloud. Além disso, os policiais são alertados sobre novos updates que possam complicar uma eventual investigação.
De acordo com a fonte da Forbes (que naturalmente não quis se identificar), a maioria das aulas são ministradas no Laboratório Regional de Computação Forense do FBI no Vale do Silício. O treinamento seria totalmente gratuito e voltado às forças policiais que não entendem exatamente como funcionam as novas tecnologias; como exemplo, o delator cita um caso onde um oficial imprimiu 15 mil papeis ao receber um arquivo da Apple, em vez de manter tais dados no mundo digital.
Até o momento, a Apple não se pronunciou sobre o assunto. E você? Acredita que a Maçã está fazendo a coisa certa?
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