Android 04 Mar
Alguns jogos fazem tanto sucesso que acontece algo peculiar: são adaptados para filmes e conseguem atingir outro público, que não tem contato com videogames. Alguns deles, como o recente “Sonic – O Filme”, conseguem levar a essência da obra que os inspirou e entregam uma produção excelente.
Entretanto, na maior parte das vezes o resultado é desastroso. Adaptar um jogo para o cinema não é uma tarefa fácil e nesse processo, mudanças e certas decisões artísticas acabam deturpando a obra e frustram os fãs.
Inclusive, adaptações baseadas em videogames costumam estrear com má recepção do público e da crítica. Entre os próprios fãs, já há um preconceito estipulado quando seu videogame favorito vai para a telona.
Nessa lista, o TudoCelular vai relembrar 10 filmes inspirados em jogos considerados verdadeiros desastres que os fãs preferem esquecer que existiram.
Scott Wolfe, Mark Dacascos e Alyssa Milano foram escolhidos para dar vida a um dos mais famosos beat ‘em up de todos os tempos, gênero que se resume eu sair distribuindo pancadas em tudo o que aparece em sua frente.
Apesar de manter a história intocada, o filme sofre com o corte de gastos, apresentando verdadeiros "defeitos" especiais e cenas tão ridículas que são a definição perfeita do termo vergonha alheia. Para completar o desastre, ele não conseguiu se pagar e foi um fracasso comercial.
A memória afetiva nos faz lembrar de certas coisas da nossa infância como se elas fossem muito melhores do que realmente são. A adaptação da franquia mais famosa da Nintendo é a prova desse fenômeno curioso.
O filme retira o tom divertido e colorido dos jogos e entrega um futuro distópico e sombrio com Bob Hoskins e John Leguizamo interpretando os famosos encanadores. O perigoso Rei Koopa, Bowser, é interpretado pelo aclamado ator Dennis Hopper, que não consegue salvar o filme. Anos depois, foi revelado que essa abordagem foi adotada para minimizar os custos e mesmo assim, a produção deu prejuízo ao estúdio.
Nascida em 1990, Wing Commander é uma franquia de jogos de simulação de combate espacial que fez muito sucesso, rendendo uma série de televisão animada, cartas colecionáveis, romances, figuras de ação e um filme tenebroso que os fãs preferem esquecer a existência.
A adaptação é considerada uma das piores obras inspiradas em videogame de todos os tempos por ignorar praticamente todo o material base e pelo roteiro repleto de decisões duvidosas. O elenco conta com os atores Freddie Prinze Jr. e Matthew Lillard, que preferem esquecer esse trabalho. E como era de se esperar, foi um fracasso de bilheteria.
Dungeon Siege é uma famosa franquia de RPGs publicada pela Microsoft, que apesar de andar um pouco esquecida, conta com uma base fiel de fãs. Para adaptar a obra para o cinema, Uwe Boll foi escolhido. Caso você não o conheça, ele é considerado um dos piores diretores de todos os tempos.
O resultado? Uma série de ideias estranhas e um filme torturante de assistir que não tem absolutamente nada a ver com os jogos. Para piorar, a produção é repleta de atores de peso como o brucutu Jason Statham, Burt Reynolds, John Rhys-Davies, Ray Liotta e Ron Perlman que fez os fãs se perguntarem como eles tiverem coragem de aceitar participar dessa bomba.
Resident Evil é uma das franquias mais amadas de todos os tempos, repleta de personagens carismáticos e momentos impactantes. Para adaptá-la, foi escolhido o diretor Paul W.S. Anderson que tomou uma decisão polêmica: colocou os protagonistas dos jogos como coadjuvantes e criou para o papel principal a personagem Alice, convenientemente interpretada por sua esposa, Milla Jovovich.
O resultado são filmes sofríveis com um festival de câmera lenta e cenas toscas para glorificar a protagonista criada para a obra. Entretanto, ele foge da regra dos fracassos e rendeu tanto dinheiro que o estúdio apostou em seis filmes ao longo de catorze anos. Como isso é possível sendo tão ruim e massacrado pelos fãs? Ninguém sabe.
Mortal Kombat sacudiu a indústria de jogos por apresentar uma proposta simples, mas ousada: personagens quebrando o pau com violência explícita e absurda, o que fez muitos responsáveis e organizações arrancarem os cabelos de desespero pelo impacto nas crianças, algo que nunca aconteceu.
Após um primeiro filme bem-sucedido e aclamado por boa parte dos fãs, Mortal Kombat retorna para uma adaptação baseada no terceiro jogo, onde tudo que deu certo no primeiro é esquecido. Ele prefere apostar em decisões controversas e incoerentes, ignorando o material original. O criador da franquia, Ed Boon, se refere a ele como uma de suas piores lembranças, então você já imagina a qualidade da película.
Jogos de luta costumam ser divertidos porque oferecem uma história simples como pretexto para que indivíduos resolvam suas diferenças saindo na mão. O filme de 1994 pensa exatamente assim e entrega uma obra divertida e pastelona que vive na memória de muitos, com o astro Van Damme interpretando Guile e o renomado Raul Julia como o perigoso Bison.
O reboot de 2009 esquece tudo o que Street Fighter é e tenta entregar uma história séria, mas totalmente genérica repleta de diálogos cansativos e muita enrolação. Ele é tão ruim que você achará diversos memes no YouTube sobre suas decisões controversas e falas “icônicas”.
A franquia de jogos BloodRayne traz a meio vampira Rayne caçando nazistas e monstros um pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Com uma história simples, violência explícita e ação ininterrupta, não tinha como sair um filme ruim, certo? Infelizmente, deu errado e foi muito pior do que imaginavam
Uwe Boll, o infame diretor conhecido pelos piores filmes da história, foi chamado e decidiu ignorar a história dos jogos e levar a protagonista para o século XVIII em uma narrativa sem nenhuma lógica. Apesar de ser um fracasso comercial gigantesco, ele ainda rendeu duas sequências que disputam para saber quem é a pior.
O jogo de tiro em primeira pessoa da SEGA marcou a infância de muitos, apesar de sua proposta simples: matar todas as criaturas que aparecerem na tela. Uma adaptação para o cinema iria requerer um pouco mais de imaginação, então precisavam do cara certo.
O diretor escolhido foi Uwe Boll, o próprio. Seu histórico de filmes horríveis não pesou na escolha do estúdio, que trouxe uma trama em que adolescentes vão para uma festa rave em uma ilha e se deparam com zumbis sedentos por carne. O filme arranca gargalhadas pela sua tosqueira e talvez por isso, conseguiu ganhar uma sequência, mas não se iluda: ela é outro desastre.
A franquia Alone in the Dark pode não ser uma das mais populares, mas conquistou o coração de muitos jogadores ao trazer uma trama envolvente e cheia de suspense com elementos sobrenaturais.
Para manter toda a essência da obra original e trazer algo único, o diretor Uwe Boll retorna para entregar não só o pior filme da sua carreira, mas uma das piores obras cinematográficas de todos os tempos. A história ignora completamente os jogos, conta com diálogos ridículos, efeitos especiais sofríveis e atuações, como da atriz Tara Reid, que viraram memes. O astro Christian Slater deve ter perdido alguma aposta para aceitar estrelar esse desastre.
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