O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse durante a CES 2019 que "a Lei de Moore não é mais possível". De acordo com o executivo, essa lei já está morta poque o mercado de tecnologia não consegue mais por em prática o que ela prevê.

Para quem não conhece, a Lei de Moore surgiu em 1965 e é um conceito criado por Gordon Earl Moore, que é co-fundador da Intel. Na sua visão, a cada 18 meses, o número de transístores nos chips de litografia de uma nova geração aumentariam em 100%, sendo que tudo isso aconteceria mantendo os custos ao consumidor.

No entanto, para Huang, atualmente é muito caro e tecnicamente difícil dobrar o número de transistores para seguir essa lei:

A lei de Moore costumava prever um crescimento de 10X a cada cinco anos e 100X a cada 10 anos. No momento, tudo cresce alguns por cento a cada ano. A cada 10 anos, talvez apenas 2X.... Então, a Lei de Moore morreu.

Como sabemos Huang já havia feito as mesmas declarações anteriormente. Para ele, a indústria da tecnologia está preocupada em não conseguir cumprir os conceitos de Moore e a própria Intel é uma prova disso. Concordando em partes com o executivo da Nvidia, o chefe financeiro da MediaTek, David Ku, acredita em uma desaceleração:

Mesmo com a Lei de Moore desacelerando, isso não significa que tudo vai parar. Ainda vemos muitos benefícios no consumo de energia [menor], mas provavelmente não melhoraremos tanto a economia de custos como foi no passado.

No entanto, apesar da visão pessimista, ainda há cientistas e engenheiros que trabalham para que a tecnologia continue evoluindo. Patrick Moorhead, analista da Moor Insights & Strategy, acredita que o mercado não deve parar e soluções alternativas estão sendo criadas:

A Lei de Moore, pela definição mais estrita de dobrar a capacidade de chips a cada dois anos, não está mais acontecendo, mas se pararmos de reduzir os chips, isso será catastrófico para toda a indústria de tecnologia.