Curiosidade 26 Abr
Independente de você ser um fã do universo MCU ou ter assistido todos os filmes da franquia que precederam o tão esperado Vingadores: Ultimato, é quase que impossível negar que a produção é um ótimo filme, valendo cada segundo das 3 longas horas que exigem do telespectador na sala de cinema.
No entanto, para quem assistiu o longa e está um pouco mais ligado em toda a trama que gira em torno dele, pode ser que algumas dúvidas tenham sito instauradas graças a alguns detalhes nebulosos não exatamente explicados pela Marvel – quase que “furos” no roteiro.
A seguir, abordaremos alguns deles, por isso, se você ainda não foi ao cinema assistir Ultimato, feche imediatamente essa matéria e só volte depois de ter assistido! O Alerta de spoilers foi acionado!
Em filmes anteriores da franquia, a Marvel fez questão de deixar claro quais são os requisitos básicos para realizar uma viagem no tempo em seu universo: um GPS especial, um traje de proteção e uma quantidade suficiente de partículas Pym para poder voltar no tempo e retornar ao presente.
Inicialmente, essas partículas foram criadas pelo Dr. Hank Pym sob a intenção de alimentar uma ferramenta de redimensionamento – assim como a usada por Scott Lang, o Homem-Formiga, mas graças a máquina de viagem no tempo criada por Tony Stark, elas também acabam sendo uteis para viajar entre épocas.
Com isso tudo em mente, vamos a questão. Quando a Nebula de 2014 chega ao futuro, ela está usando a tecnologia que ela pegou da Nebula de 2023, implicando que ela tem o GPS, o traje e um frasco de partículas, mas o ponto é: como ela puxou o Thanos de 2014 para 2023 sem ele ter os mesmos elementos? Além disso, como pôde ser tão fácil trazer uma nave em seu tamanho real através da Quantum Realm, a máquina de Tony Stark?
Bem, a resposta mais direta possível é que Thanos e seus capangas foram capazes de replicar a tecnologia, mostrando que o Dr. Pym e o Stark não são as únicas mentes brilhantes do universo cinematográfico.
Durante o filme, fica claro que cada um dos heróis tem partículas suficientes para uma viagem de ida e volta na linha do tempo – cerca de um ou dois frascos por pessoa – sendo talvez a única exceção o querido Capitão América. Isso, pois ele precisa visitar os anos de 1970, 2012, 2013, 2014 e o ano que decide se estabelecer com Peggy na ordem que julgar necessário em sua missão de devolver todas as Joias do tempo e o Mjolnir.
Ou seja, ele precisa ir ao passado pelo menos 5 vezes, o que deixa a entender que ele tem entre 3 e 6 frascos de partículas Pym. Apesar de não estar claro a quantidade necessária de partículas para uma viagem de ida e volta, o mais provável é que cada contêiner seja o adequado para uma viagem completa, até porque eles mostram Lang perdendo um dos recipientes durante o teste.
Como sabemos, o Capitão roubou quatro dos onze frascos de Pym que estavam no laboratório de Hank em 1970, mas, como Tony precisava de um, isso o deixa com 3 restantes. Então, ele usa metade de uma partícula Pym ou até mesmo uma inteira para retornar a 2023 a partir de 1970, o que abaixa a sua contagem para apenas 2 frascos extras, na pior das hipóteses, ou 2,5 frascos, na melhor delas.
Ou seja, como você já deve ter deduzido, ao que parece o Capitão precisa de mais partículas Pym para realizar sua missão por completo – ou será que essa falta de recursos é o motivo pelo qual ele não voltará a 2023? Mas, se o Dr. Hank ainda está vivo, já que ele está no passado, ele teria acesso a quantas partículas Pym fossem necessárias, não?
Quando o “Howard Potts” pegou a Joia do espaço em 1970 da SHIELD, ela ainda tinha a mesma forma cúbica do Tesseract, assim como o conhecemos. No entanto, quando o Capitão a leva de volta, a Joia é colocada em uma mala. Com isso, mais uma questão é levantada: como exatamente ele irá transformá-la em um dispositivo semelhante ao Tesseract?
Apesar de ser um detalhe simples, ele é de suma importância. Isso, pois ele pode ser o ponto necessário para criar uma linha do tempo em 1970, onde a SHIELD descobre que o Tesseract na verdade está abrigando uma pedra do tempo muito antes do que deveria. Talvez essa seja a linha do tempo em que o Capitão se estabelece.
Ao devolver a Joia da Alma ao seu lugar original, em sua perfeição, tornando esse um acontecimento único, Steve não deveria receber algo em troca? – quem sabe a Viúva Negra? Independente disso, a Joia precisa ser devolvida por ser crucial a existência de cada uma das linhas do tempo.
Assim como estabelecido pela Marvel através dos seus filmes, a viagem no tempo no universo MCU funciona de uma maneira bastante específica, não sendo possível modificar eventos passados para se alterar o presente, restando, sob essa premissa, criar linhas do tempo paralelas a partir de modificações realizadas no passado.
A produtora não explica, no entanto, o que Steve fez logo após devolver todas as Joias do Infinito aos seus devidos lugares, levantando mais uma questão. Ele ficou na linha do tempo sem afetar nada do que aconteceu do passado para não causar uma divisão, vivendo ao lado de Peggy, sobrevivendo até 2023, ou continuou sendo o próprio Steve, vivendo com Peggy enquanto tem que lidar com as coisas ruins em seu futuro (nosso passado), criando uma nova linha do tempo?
Independente da alternativa, mais perguntas são levantadas. No caso da primeira opção, como o Capitão sabia que viveria o suficiente para passar seu escudo adiante? No caso da segunda, isso não implicaria em ele ter que retomar à linha do tempo do MCU usando o traje e as partículas Pym? Nesse caso, ele teria que aparecer dentro daquele mini túnel da Quantum Realm e não em um banco, não?
Além disso, afinal, de onde veio o escudo do Capitão? Ele fez um ou o trouxe de uma linha do tempo diferente?
Antes de entramos nesse ponto, precisamos citar algo que a Anciã disse ao Hulk quando ele pediu emprestado a Joia do Tempo:
Se eu desistir da pedra do tempo para ajudar a sua realidade, eu estou condenando a minha. […]
As pedras do infinito criam o que você experimenta com o fluxo do tempo. Remova uma das pedras, e esse fluxo se divide, agora isso pode beneficiar sua realidade, mas minha nova, não tanto. Nesta nova realidade, sem a nossa principal arma contra as forças das trevas, nosso mundo será superado, milhões sofrerão. Então me diga, doutor, sua ciência pode impedir tudo isso?
Ela estava se referindo, obviamente e principalmente, a Joia do Tempo, uma das armas essenciais que um Feiticeiro Mestre deve possuir. Não foi coincidência ela está usando uma durante a Batalha de Nova York.
Mas, se isso tudo que a Anciã nos disse sobre as Joias do Infinito for verdade, como a nossa linha do tempo do MCU sobreviverá sem as Joias? Afinal, o Thanos as destruiu há cinco anos, mas o universo se manteve de pé. Seria no mínimo justo a Marvel nos dizer o que acontece no futuro se uma das linhas do tempo criadas não possuir nenhuma das Joias. Além disso, será que o Doutor Estranho não terá uma Joia do Tempo no seu próximo filme?
A Marvel claramente quis limitar as viagens do tempo – até para dar mais graça a trama, mesmo assim, uma grande pergunta paira no ar: por que os vingadores não começaram a sua jornada por 1970, ou até mesmo 2015, para pegar mais partículas Pym do passado? Mesmo que isso implicasse em falar com o próprio Dr. Pym ou quem sabe com Darren Cross, que foi capaz de replicar a partícula em 2015.
É difícil acreditar que em meio a tantas mentes brilhas, com Tony Stark recrutando tantos membros quanto possível afim de garantir o sucesso da missão, que ninguém tenha pensado nessa possibilidade afim de garantir múltiplas chances de sucesso. E se pegar uma quantidade maior dessas partículas estava fora de cogitação, por que não viajar até um universo alternativo, produzir as partículas por conta própria – algo que seria crível vindo da mente de Tony – e retornar melhor preparado para a jornada?
Tudo bem, é possível que em meio a atual situação, que ninguém tenha pensado de fato nessas possibilidades, mas ao ver a Marvel insistindo tanto em mostrar seus personagens em um cuidadoso planejamento, fica meio difícil acreditar.
E você, o que achou de Vingadores: Ultimato? Acha que todas essas questões levantadas são realmente furos no roteiro ou são meios de abertura para novos filmes?
Comentários