A evolução da conectividade não trará benefícios apenas para smartphones. Maior qualidade e menor latência impactarão de forma decisiva em produtos que antes eram visto como periféricos, mas que ganham cada vez mais importâncias: fones de ouvido - headphones e ear-buds -, smart speakers e smartwatches.

No workshop sobre o futuro da tecnologia apresentado pela Qualcomm em sua sede, na cidade San Diego (EUA), que o TudoCelular acompanha in loco, áudio e wearables ganharam destaque. A empresa apresentou pesquisa que mostra uma mudança no comportamento dos usuários

Obviamente, a qualidade do áudio segue sendo a principal preocupação dos consumidores, mas fatores como autonomia de bateria e qualidade de conexão ganham atenção crescente, especialmente por conta do uso em transporte. Por isso, aumentou a procura por fones do tipo true wireless. Isso fez aumentar a exigência do público consumidor e, para isso, a Qualcomm trabalha com parceiros para oferecer as melhores experiências.

Uma dessas parceiras é a Bowers & Wilkins, tradicional fabricante de equipamentos de áudio. A companhia aproveitou para apresentar ao mercado sua linha atualizada de fones de ouvido, composta pelos PX5 (On-Ear), PX7 (Over-Ear), e os modelos in-ear P13 e P14. Todos contam com noise canceling e preços que variam de US$ 199 - para o P13 - a US$ 399, do PX7. Tanto PX5 enquanto P14 custam US$ 299.

Já no mercado de wearables, a Qualcom equipa cerca de 200 aparelhos disponíveis no mercados, consolidada na primeira posição como provedora de tecnologia 4G LTE para esses dispositivos.

Nos últimos doze meses, cerca de 15 marcas lançaram mais de 25 tipos de produtos, com preços que variam de US$ 150 a US$ 4500, em categorias que vão de luxo a infantil - que teve grande destaque na apresentação pelo seu crescimento sustentado (marcas como Verizon, Vodafone e China Mobile apostam em relógios inteligentes para crianças).

O mercado de Internet das Coisas também teve destaque no evento da Qualcomm. E o Brasil, ainda que timidamente, aparece entre os mercados que a empresa monitora (no caso, rastreadores para pets e crianças).

A Qualcomm vê o mercado de IoT muito além de casas conectadas, com aplicações em diferentes setores da economia, e o 5G ajudará a tornar o conceito mais próximo das pessoas. O ecossistema de IoT é bastante complexo e torna sua implementação um desafio, mas a companhia trabalha com parceiras para aumentar a capilaridade da cobertura. Até 2025, a previsão é de investimentos na ordem de US$ 572 bilhões.

Entre os setores que serão mais positivamente afetados está a robótica. A Qualcomm trabalha efetivamente na constru~ção de melhores robôs e máquinas mais inteligentes, com novos chips projetados especificamente para isso.

O Editor Wallace Moté viajou a San Diego a convite da Qualcomm Brasil.