Google 26 Jun
Mais uma vez, a Google foi multada pela União Europeia – a gigante das buscas está constantemente sendo punida (1, 2, 3) pelo bloco econômico por causa de suas violações às leis antitruste – e agora, em 4,3 bilhões de euros (~R$ 19 bilhões), quase o dobro dos 2,4 bilhões de euros que precisou pagar ano passado, .
De acordo com a UE, para consolidar sua posição dominante na busca pela internet, a Google impôs restrições ilegais a fabricantes de dispositivos Android como, por exemplo, exigir a instalação do Chrome e de sua ferramenta de busca nos smartphones para garantir o acesso à Google Play Store.
A Comissária Europeia Margrethe Vestager encara as práticas como abusivas, e algo que nega à concorrência a chance de inovar e competir por seus próprios méritos.
A estratégia de obrigar as fabricantes a pré-instalarem seus apps no sistema não só para licenciá-lo como também para ter acesso à loja de aplicativos fez com que a gigante das buscas abocanhasse nada menos do que 90% do setor de buscas na maioria dos países que fazem parte da UE.
O pior de tudo, é que a Google dava incentivos financeiros às marcas para ter exclusividade da ferramenta de buscas nos smartphones – e até mesmo restringir a pré-instalação de outros mecanismos concorrentes no Android.
O que continua fazendo com que a Google seja punida na Europa não é exatamente o domínio de mercado, e sim, suas práticas abusivas com as marcas, que restringem potencialmente qualquer tipo de concorrência.
Se o Android vai mudar no futuro, ainda não sabemos, mas o processo pede, pelo menos, que a Google seja mais maleável com as fabricantes, e que não impeça mais o uso de "forks" do Android (sistemas operacionais baseados no robôzinho verde, porém com uma cara totalmente diferente).
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